Testemunha diz ter ouvido gritos do marido de fisiculturista morta

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deverá, ainda esta semana, colher depoimento de uma pessoa que estava hospedada no quarto vizinho

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Uma testemunha ouvida pelo delegado especial Frank Albuquerque, designado para investigar a morte da fisiculturista paulistana Fabiana Caggiano Paes, 36, ocorrida no último dia 2 em um hospital particular de Natal, no Rio Grande do Norte, afirmou que "houve luta corporal" entre a mulher e o marido, Alexandre Furtado Paes, 35, quando estavam hospedados no apartamento 505, do Arituba Park Hotel, localizado no bairro Tirol.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deverá, ainda esta semana, colher depoimento de uma pessoa que estava hospedada no quarto vizinho ao que o casal se encontrava no último dia 27, para confirmar o depoimento de um funcionário do hotel, que teria recebido a ligação de um hóspede reclamando de barulhos semelhantes ao de uma briga antes de a fisiculturista ter sido encontrada desmaiada.

Segundo o depoimento de um funcionário do hotel, o hóspede relatou que estava escutando sons parecidos a uma briga de casal, com luta corporal, em seguida teria ocorrido um vácuo sem barulho e depois gritos com a frase "Acorda, Fabiana! Acorda".

"Alguns minutos depois a testemunha ouviu um estouro semelhante à de um vidro sendo quebrado, que seria do box do banheiro", disse Albuquerque.

A polícia aguarda que o laudo do Itep (Instituto Técnico Científico de Polícia) com a causa da morte de Fabiana seja concluído esta semana para fechar o inquérito policial. Não há data prevista para a entrega do documento.

"A gente espera que o documento seja entregue o quanto antes para colocar um fim no mistério da morte da fisiculturista", disse o delegado em entrevista ao UOL neste domingo (6).

Segundo Albuquerque, dados preliminares repassados à polícia apontaram que Fabiana apresentava sinais de esganadura no pescoço e o pulmão apresentava asfixia mecânica. Caso os indícios sejam comprovados no laudo do Itep, o delegado afirmou que deverá indiciar o marido de Fabiana por homicídio qualificado.

Depoimentos mentirosos

Em depoimento à polícia, Paes negou que tenha ocorrido discussão entre o casal e afirmou que o relacionamento deles era harmonioso.

Ao colher depoimentos de testemunhas que presenciaram Fabiana sendo socorrida no quarto do hotel, o delegado especial afirmou que o marido da fisiculturista prestou depoimentos à polícia com informações mentirosas nas duas vezes que foi interrogado.

Uma das informações relatadas pelo delegado é que Paes disse a polícia que encontrou a mulher caída no chão do banheiro com o chuveiro ligado, mas testemunhas informaram que o corpo e o cabelo de Fabiana estavam secos e o chão do quarto e do banheiro estavam sem vestígios de água.

Enterro discreto

O corpo de Fabiana foi enterrado na manhã desse sábado (5), em Jandira (Grande São Paulo), no cemitério AlphaCampus Memorial Park. A administração do cemitério informou que a família da fisiculturista preferiu não realizar velório e o corpo foi enterrado logo que foi trasladado da funerária para o local, às 9 horas. De acordo com o cemitério, o acesso ao sepultamento foi restrito aos familiares e amigos do casal.

Em outubro de 2012, Fabiana, que era fisiculturista, ganhou primeiro lugar no Campeonato NABBA (National Amateur BodyBuilding Association) de Jandira.



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