Uma turista inglesa denunciou ter sido abusada sexualmente por um operador de parapente durante um voo em Sousse, na Tunísia. A mulher, identificada como Michelle Wilson, de 52 anos, relatou ter se sentido "violada, suja e assustada" enquanto sobrevoava a região amarrada ao instrutor.
Segundo a vítima, ela sentia a parte de trás da calcinha de biquíni sendo puxada, e o homem ajustava a alça. Ele acredita que ele deveria estar apertando o cinto para aproximá-la mais. De acordo com o jornal inglês The Sun em uma matéria publicada no dia 3 de agosto, a mulher é mãe de três filhos e moradora de Southport, Merseyside, na Inglaterra.
Inicialmente ela planejava fazer um voo duplo de parasail com uma amiga durante as férias, mas foi informada de que o vento estava forte e que ambas teriam que voar separadamente, acompanhadas por operadores.
Entenda
Michelle afirmou que a experiência foi traumatizante e a deixou vulnerável. "Minha amiga foi primeiro e se divertiu muito, sem problemas. Eu conseguia ver uma grande distância entre o corpo dela e o operador. Mas comigo foi diferente. As pernas dele estavam abertas em volta de mim, ele segurava o paraquedas com uma das mãos, a outra não. Então eu senti ele tocar minha perna. Estava me apalpando, se movendo para frente e para trás, falando comigo em árabe. Eu o sentia me pressionando. Arqueava as costas. Foi uma experiência horrível e eu fiquei com muito medo. Me senti impotente, pairando no ar", afirmou Michelle.
Chorando, assim que pousou, ela buscou o gerente do centro de esportes aquáticos para relatar o ocorrido e registrar uma queixa na polícia local. O voo fazia parte de um pacote de férias de £ 6.000, equivalente a cerca de R$ 40 mil, adquirido com a easyJet. Michelle estava acompanhada da filha de 17 anos, seus filhos gêmeos de 16 e uma amiga da filha.
"Como mulheres, vocês esperam um pouco de brincadeira dos homens nesses países, mas isso não foi brincadeira, foi uma agressão sexual", disse. Michelle acredita que o operador envolvido já foi detido. Ela também disse estar recebendo suporte da seguradora e do Ministério das Relações Exteriores britânico.
A easyJet se manifestou por meio de nota e informou que esta analisando o ocorrido. "A segurança e o bem-estar dos nossos clientes são uma prioridade e continuamos a apoiar a Sra. Wilson. Também estamos em contato próximo com nosso parceiro hoteleiro para analisar os relatórios."