Visitas levam drogas dentro de mortadelas e chinelos em presidíos

Falta de scanners em 142 unidades dificulta revista

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Cada vez mais criativos, visitantes utilizam algumas táticas para burlar a fiscalização.Fotografias mostram a presença de entorpecentes em objetos totalmente inusitados. Chinelos, macarrão instantâneo, tubo de creme dental, bolachas e até mortadela funcionam como aliados dos visitantes. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário do Ceará (Sindasp), Valdemiro Barbosa, casos como esses são comuns no estado. “Uma vez, encontramos um chip de celular dentro de uma rodela de calabresa, em uma farofa já pronta”, lembra.

O problema, entretanto, é a falta de body scanners nas unidades prisionais do Ceará. O equipamento permite gerar uma imagem da estrutura orgânica e óssea de qualquer pessoa, evidenciando irregularidades como o transporte de objetos proibidos nas unidades. Algumas penitenciárias não possuem sequer raquetes detectoras de metais.

De acordo com Barbosa, as três penitenciárias e outras 139 cadeias públicas sofrem com a inexistência de materiais de revista. Com a proibição de realização de vistoria íntima nos estabelecimentos penais e a falta de equipamentos de trabalho para os agentes, a facilidade na entrada das drogas e de materiais ilícitos tornou-se bem maior.

“Os agentes foram proibidos de fazer vistoria íntima, em contrapartida, a Secretaria da Justiça deveria ter adquirido material de body scanner e dectores de metais para todos os presídios. Por isso está havendo grande entrada de material ilícito dentro das cadeias públicas e penitenciárias. Entra droga, faca, arma artesanal, tudo. Identificar acaba sendo quase uma questão de sorte”, pontuou.



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