SEÇÕES

Alckmin e autoridades dos EUA discutem tarifas de importação e comércio bilateral

Este é o primeiro contato de alto nível entre o Brasil e os Estados Unidos para discutir a recente elevação das tarifas sobre produtos importados

Vice-presidente Geraldo Alckmin | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Siga-nos no

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, realizou uma videoconferência nesta quinta-feira com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e o representante comercial americano, Jamieson Greer. Este encontro marcou o primeiro contato de alto nível entre o Brasil e os Estados Unidos para discutir a recente elevação das tarifas sobre produtos importados, como aço, alumínio e etanol, anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

PRIMEIRO CONTATO PARA TRATAR DAS TARIFAS DE IMPORTAÇÃO DOS EUA

A videoconferência, que foi solicitada por Alckmin, estava inicialmente agendada para a última sexta-feira, mas precisou ser adiada. O grande destaque desta nova tentativa de aproximação entre os dois países foi a presença de Greer, indicando que os Estados Unidos demonstram disposição para negociar um acordo com o Brasil. Nos EUA, o representante comercial é o responsável por tratar das questões comerciais com outros países.

FUTURAS REUNIÕES BILATERAIS PARA DISCUTIR POLÍTICA TARIFÁRIA

De acordo com uma nota divulgada pela Vice-Presidência, ficou acertado que novas reuniões bilaterais ocorrerão nos próximos dias. Durante a videoconferência, foram abordados os resultados da balança comercial entre os países, além dos detalhes sobre a política tarifária recíproca. Ambas as partes destacaram os aspectos positivos da relação comercial Brasil-EUA, evidenciando os benefícios mútuos.

ALCKMIN VÊ DIÁLOGO COMO CAMINHO PARA ENTENDIMENTO

O vice-presidente Geraldo Alckmin avaliou positivamente a conversa, expressando confiança de que o diálogo pode resultar em um entendimento favorável sobre a política tarifária e outras questões comerciais entre os dois países. O Brasil argumenta que suas exportações não representam uma ameaça para as indústrias americanas, pois as economias dos dois países são complementares. Além disso, foi ressaltado que as empresas dos EUA, que dependem de produtos siderúrgicos para sua produção, seriam as mais afetadas pelas tarifas elevadas.

GOVERNO BRASILEIRO BUSCA EVITAR IMPACTOS

O governo brasileiro busca, com essas negociações, evitar que as exportações para os Estados Unidos sejam prejudicadas, especialmente considerando que o presidente Donald Trump tem adotado medidas protecionistas, como a aplicação de uma tarifa de 25% sobre o aço e alumínio importados de todos os países. Trump também sinalizou a intenção de aumentar as alíquotas sobre produtos que possuem uma carga tributária superior à praticada nos EUA, o que também afeta o comércio bilateral.

Com informações de O Globo

Tópicos
Carregue mais
Veja Também