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Alvo de Trump, Alexandre de Moraes diz que 'não vai recuar nem um milímetro'

Ministro deu entrevista ao jornal norte-americano sobre as sanções impostas a ele pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Ministro do STF Alexandre de Moraes em sessão plenária por videoconferência | Foto: Fellipe Sampaio/STF
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF, concedeu entrevista ao jornal The Washington Post, divulgada nesta segunda-feira (18), na qual afirmou que não pretende recuar em suas decisões sobre o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Moraes, “não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro sequer”, mesmo diante das sanções aplicadas pelo presidente Donald Trump.

Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido, disse à publicação.

Moraes foi sancionado pela Casa Branca com a Lei Magnitsky, usada para punir estrangeiros. O governo norte-americano acusou o ministro do STF de conduzir uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, embora a ação penal siga os trâmites legais do Judiciário brasileiro.

Julgamento no STF

Na entrevista, Moraes comentou o julgamento e foi chamado pelo The Washington Post de “xerife da democracia”. O jornal também destacou que os “decretos expansivos” do ministro, como as sanções a redes sociais como o X, de Elon Musk, tiveram repercussão internacional.

“Entendo que, para uma cultura americana, seja mais difícil compreender a fragilidade da democracia, porque nunca houve um golpe lá”, afirmou Moraes. Alexandre também recebeu críticas de membros do alto escalão do governo Trump e do próprio presidente republicano.

Mas o Brasil teve anos de ditadura sob o [presidente Getúlio] Vargas, outros 20 anos de ditadura militar e inúmeras tentativas de golpe. Quando você é muito mais atacado por uma doença, forma anticorpos mais fortes e busca uma vacina preventiva, prosseguiu o ministro.

O governo dos Estados Unidos aplicou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, está nos EUA desde fevereiro e afirma ser o responsável pela interlocução com o governo Trump que levou às sanções.

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