O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 começou a tramitar na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). O documento encaminhado pelo Executivo prevê um aumento de 21,8% na receita bruta estadual, que deve passar de R$ 28,4 bilhões para R$ 34,6 bilhões.
O governo destaca como áreas prioritárias a educação, saúde, segurança e investimentos, além de registrar crescimento nos repasses destinados aos Poderes estaduais.
Para as pastas de Educação, Saúde e Segurança, estão previstos, respectivamente, R$ 3,5 bilhões, R$ 3,8 bilhões e R$ 2,1 bilhões. Já para investimentos, a previsão é de R$ 4,1 bilhões, provenientes de convênios e empréstimos. Entre as obras planejadas estão a melhoria da malha viária e a expansão e modernização do metrô, com a aquisição de novos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs).
No que diz respeito aos empréstimos, o valor previsto salta de R$ 2,7 bilhões em 2025 para R$ 5,8 bilhões em 2026. O Governo do Estado explica que está firmando com o Banco do Brasil duas operações: uma de R$ 5 bilhões, destinada a alongar os prazos de pagamento da dívida para 25 anos; e outra de R$ 2,9 bilhões, voltada à ampliação dos investimentos estruturantes.
“Ao combinar reestruturação da dívida, financiamento de longo prazo e a priorização de áreas essenciais e da mobilidade urbana, o Estado inaugura uma nova etapa de governança fiscal e orçamentária”, afirma o Executivo.
O Governo do Estado destaca na LOA 2026 que pretende investir em reformas e construções de hospitais, escolas e unidades policiais, além da aquisição de veículos e equipamentos. A segurança hídrica também é apontada como prioridade, com previsão de obras de barragens e adutoras. Para a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, estão destinados R$ 108,7 milhões, enquanto a Secretaria da Irrigação e Infraestrutura Hídrica contará com R$ 37,8 milhões.
Crescimentos e perdas no Executivo
O orçamento do Poder Executivo está estimado em R$ 26,2 bilhões, o que representa um aumento de R$ 5,3 bilhões em relação à LOA de 2025 — crescimento de 24,9%. Ao todo, 33 áreas do Governo receberão parte dos recursos.
As três secretarias com maiores orçamentos são:
Administração e Previdência: R$ 4,4 bilhões
Educação: R$ 3,5 bilhões
Saúde: R$ 3,3 bilhões
Esses valores reforçam o compromisso do Governo em destinar recursos às áreas consideradas essenciais. “Nessa priorização dos gastos obrigatórios, destaca-se entre os principais componentes do orçamento para 2026 a despesa com pessoal, que abrange também os encargos previdenciários, totalizando R$ 11 bilhões quando consideradas todas as fontes de recursos”, informa o texto da LOA.
O aumento percentual em determinadas áreas indica onde o Executivo vê necessidade de maior suporte. As secretarias com maior crescimento proporcional em relação a 2025 são:
Inteligência Artificial, Economia Digital, Ciência, Tecnologia e Inovação: +131,6%
Meio Ambiente e Recursos Hídricos: +47,1%
Encargos Gerais do Estado: +98,7%
Por outro lado, as maiores reduções ocorreram nas secretarias de:
Integração e Desenvolvimento Regional: -59,3%
Infraestrutura: -58,8%
Cultura: -36,9%
Na área da Segurança Pública, considerada uma das prioridades do Governo, também houve ajustes. O Corpo de Bombeiros Militar terá aumento de 16,6% em seu orçamento, passando de R$ 67 milhões para R$ 78,1 milhões. Já a Polícia Militar sofrerá uma redução de 3,1%, com previsão de R$ 837,3 milhões em 2026.