O Hospital DF Star, em Brasília, informou neste sábado (19) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um episódio de alteração na pressão arterial, mas o quadro já foi normalizado. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o último domingo (13), após uma cirurgia de 12 horas para tratar uma suboclusão intestinal.
Segundo o boletim médico, Bolsonaro segue sem previsão de alta da UTI e continua em jejum oral, sendo alimentado exclusivamente por nutrição parenteral (via intravenosa). A recomendação é que ele não receba visitas.
SITUAÇÃO CLÍNICA ESTÁVEL, MAS SEM ALTA PREVISTA
"[Bolsonaro] apresentou episódio de alteração da pressão arterial, já normalizado. Devido a ainda não apresentar movimentos intestinais efetivos, segue em jejum oral e com nutrição parenteral exclusiva. Hoje [sábado], a programação é de intensificar fisioterapia motora e medidas de reabilitação. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI", informa o boletim médico divulgado nesta manhã.
O ex-presidente está internado há seis dias e, de acordo com a equipe, apesar da estabilidade clínica e da ausência de dor ou sangramentos, o quadro requer acompanhamento contínuo.
MOTIVO DA CIRURGIA: OBSTRUÇÃO INTESTINAL PARCIAL
A cirurgia do último domingo foi feita para tratar uma suboclusão intestinal — uma obstrução parcial causada por aderências formadas ao longo dos anos, como consequência das diversas cirurgias feitas após o atentado à faca em 2018. Foi a sétima intervenção cirúrgica desde o ataque.
Durante o procedimento, os médicos identificaram que a obstrução era provocada por uma dobra no intestino delgado. O problema foi solucionado com a liberação das aderências.
FISIOTERAPIA E CAMINHADAS COM MONITORAMENTO MÉDICO
Apesar da delicadeza do quadro, Bolsonaro tem se submetido a sessões de fisioterapia motora e, ao longo da semana, foi visto caminhando com a ajuda de um andador, sempre acompanhado pela equipe médica. Em um dos vídeos divulgados, ele aparece também ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A expectativa da equipe é que as sessões de fisioterapia sejam intensificadas neste sábado como parte do processo de reabilitação.
CIRURGIA FOI UMA DAS MAIS COMPLEXAS, DIZ CARDIOLOGISTA
Segundo o cardiologista Leandro Echenique, membro da equipe médica que acompanha o ex-presidente, a cirurgia realizada está entre as mais complexas feitas em Bolsonaro.
“A longa duração da cirurgia já era prevista, mas o procedimento exigiu atenção por conta das múltiplas aderências intestinais formadas ao longo dos anos”, explicou o médico.