Bolsonaro diz que Carlos vai prestar depoimento à PF nesta terça, 30

Ex-presidente fez a afirmação na tarde desta segunda-feira, 29, em entrevista a emissora de TV. No entanto, ida de Carlos à PF pode ter a ver com outro caso

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Ex-presidente Jair Bolsonaro | Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, nesta segunda-feria, 29, que seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, está programado para depor à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (30), em razão de uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A operação é um desdobramento da chamada Operação Vigilância Aproximada, que investiga o monitoramento feito de forma ilegal de autoridades pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão do ex-diretor-geral Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal pelo PL. Ramagem comandou a Abin durante o governo Bolsonaro.

Nesta segunda, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na residência na Barra da Tijuca, e também na casa da família em Angra dos Reis, onde Carlos se encontra com seu pai.

Durante as buscas, foram apreendidos itens como um laptop, pendrive, cartões de memória e mídia na residência do vereador. A Câmara Municipal do Rio relatou que a PF esteve no gabinete de Carlos Bolsonaro entre 7h e 9h desta segunda-feira, acompanhada pela equipe de segurança da Casa e um assessor do parlamentar.

Nesta fase da operação, a PF busca identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente pela Abin por meio de ações clandestinas. No total, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em diferentes localidades do país.

Os investigados podem ser responsabilizados por crimes como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial, ou com objetivos não autorizados por lei, de acordo com a PF.

Em entrevista, o expresidente disse desconhece qualquer pedido de informações privilegiadas por parte de seus filhos ao então diretor da Abin, Alexandre Ramagem.

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