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Bolsonaro diz que não vai sair do Brasil e que será um problema preso ou morto

Bolsonaro também sugeriu que sua campanha na disputa de 2022 foi prejudicada por ações de Alexandre de Moraes

Bolsonaro diz que não vai sair do Brasil e que será um problema preso ou morto | Foto: Reprodução/X/@vinicios_betiol
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a apoiadores neste domingo (16) que "não vai sair do Brasil" e que ele será um problema "preso ou morto". Também criticou o governo Lula (PT) e disse que "eles não derrotaram e nem derrotarão o bolsonarismo".

"Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu tivesse do lado deles. Mas escolhi o lado do meu povo brasileiro. Tenho paixão pelo Brasil", disse ele.

CAMPANHA DE 2022 PREJUDICADA

Bolsonaro também sugeriu que sua campanha na disputa de 2022 foi prejudicada por ações de Alexandre de Moraes, presidente do TSE na época. "Não podia colocar imagem do Lula com ditadores do mundo todo", disse ele.

Acrescentou que o pleito de 2026 "será conduzido com isenção" e que "eleições sem Bolsonaro é negar democracia no Brasil". Na disputa do ano que vem, o ministro Kassio Nunes Marques, indicado para o STF por Bolsonaro, será o novo presidente do TSE.

Inelegível, Bolsonaro chegou a dizer que tinha nomes do seu grupo político para a presidência, ao contrário "do outro lado", mas, em seguida, repetiu que estaria disposto a concorrer. "Eleições sem Bolsonaro é negar a democracia no Brasil. Se eu sou tão ruim assim, me derrote", afirmou ele.

Bolsonaro discursa no Rio de Janeiro durante ato convocado por ele em apoio a uma anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. A manifestação começou por volta das 10h.

OBJETIVO DA MANIFESTAÇÃO

O foco da manifestação é pressionar o Congresso Nacional a votar o projeto de lei de anistia aos acusados do 8 de janeiro de 2023, quando um grupo de apoiadores do ex-presidente invadiu e depredou as sedes dos três Poderes, em Brasília, apenas dias após o início do governo Lula 3.

O ataque de teor golpista gerou denúncias no STF contra 1.682 envolvidos. Até início deste ano, 375 réus já tinham sido condenados, com penas que variam de um ano de detenção, substituído por medidas alternativas, a 17 de prisão.

JULGAMENTO

Com o ato deste domingo, Bolsonaro busca fortalecer sua defesa no STF. Ele convocou apoiadores às vésperas da denúncia da PGR, que o acusou em 18 de fevereiro de liderar uma trama golpista para barrar a posse de Lula. Além dele, outras 33 pessoas foram denunciadas.

A denúncia começa a ser analisada pela Primeira Turma do STF em dia 25 de março. Nesta data, os ministros iniciam o debate sobre se os 34 acusados devem se tornar réus.

(Com informações da FolhaPress - Catarina Scortecci e Laura Intieri )

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