Bolsonaro é intimado a depor à PF no caso dos empresários que discutiram golpe

No entanto, a defesa do ex-presidente quer ter acesso aos autos da investigação antes de ele ser ouvido.

PF intima Bolsonaro a depor em caso de empresários que discutiram golpe | Reprodução
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A Polícia Federal (PF) emitiu uma intimação para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) forneça um depoimento no âmbito da investigação relacionada ao caso dos empresários que discutiram a possibilidade de um golpe de Estado em mensagens de WhatsApp.

O depoimento está agendado para ocorrer no dia 31 deste mês. No entanto, a defesa do ex-presidente expressou o desejo de ter acesso aos documentos da investigação antes da realização do interrogatório. Vale mencionar que Bolsonaro já prestou depoimento à PF em pelo menos outras quatro ocasiões anteriormente:

  • Em 5 de abril, na investigação sobre as joias sauditas;
  • Em 26 de abril, no inquérito sobre os atos golpistas de 8 de janeiro;
  • Em 16 de maio, sobre a suspeita de fraude em cartões de vacinação contra Covid-19;
  • Em 12 de julho, na apuração sobre suposto plano de golpe de Estado, denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Na segunda-feira, 21 de agosto, o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou o encerramento das investigações dirigidas a seis dos empresários que haviam sido alvos de mandados de busca e apreensão em agosto de 2022. Essas investigações estavam relacionadas a conversas sobre um suposto golpe, as quais foram divulgadas pelo site "Metrópoles".

Moraes arquivou a investigação contra Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot. O ministro também concedeu à PF mais 60 dias para que sejam feitas diligências em relação a dois deles: Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri. A apuração em relação a ambos está mantida para apurar o conteúdo do celular de Hang e um possível vínculo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo a PF.

Nos textos enviados pelo aplicativo, os empresários, apoiadores do então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), defenderam um golpe de Estado no Brasil caso o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vencesse as eleições de outubro para a Presidência da República.

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