A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta terça-feira (18) uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando o ex-presidente Jair Bolsonaro de liderar uma organização criminosa que teria praticado atos lesivos contra a ordem democrática. A denúncia alega que o grupo estava baseado em um "projeto autoritário de poder" e enraizado na própria estrutura do Estado, com forte influência de setores militares.
Grupo
De acordo com a PGR, a organização criminosa contava com uma ordem hierárquica clara e divisão de tarefas entre seus integrantes. Os membros principais do grupo foram identificados como Bolsonaro, Alexandre Ramagem, ex-comandante da Marinha Almir Garnier, os ex-ministros da Justiça Anderson Torres e do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil Walter Souza Braga Netto.
Núcleo
A PGR destaca que essas figuras formavam o núcleo essencial da organização criminosa, responsáveis pelas principais decisões e ações de impacto social. Além disso, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também era parte deste núcleo, atuando como "porta-voz" de Bolsonaro e transmitindo as orientações aos demais membros do grupo.
Desestabilização
A denúncia da PGR reflete uma tentativa de desestabilização institucional durante o governo Bolsonaro, com a atuação de seus aliados dentro das estruturas do poder. A denúncia será agora analisada pelo STF, que decidirá sobre os próximos passos do processo.