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Bolsonaro resiste a apelos para moderar discurso sobre anistia a envolvidos no 8 de janeiro

Interlocutores pedem que ex-presidente condene vandalismo e adote tom mais conciliatório

Interlocutores pedem que Bolsonaro condene vandalismo e adote tom conciliatório, mas ex-presidente resiste | Foto: Beto Barato/PL
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Interlocutores de Jair Bolsonaro (PL)  junto ao Judiciário têm feito um apelo ao ex-presidente em relação ao projeto que busca conceder anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Eles pediram que Bolsonaro adote um tom mais moderado sobre a proposta e que condene publicamente os atos de vandalismo cometidos contra os prédios dos Três Poderes.

mudança de postura

Esses conselheiros têm insistido para que Bolsonaro critique de forma clara aqueles que depredaram e destruíram o patrimônio público durante os ataques. A avaliação desse grupo é que essa postura poderia reduzir a tensão com o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente diante do julgamento que se aproxima sobre a acusação de tentativa de golpe, e até mesmo facilitar a aprovação da proposta de anistia. No entanto, Bolsonaro tem resistido a atender a esses pedidos.

O debate ganhou força após parte das lideranças do Congresso começar a defender, junto a ministros do STF, que haja uma distinção nas penas aplicadas aos envolvidos nos ataques. A ideia é que os responsáveis por depredações e atos de vandalismo recebam sentenças mais severas, enquanto outros participantes possam ser beneficiados pela anistia.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, admite que o partido pode revisar a lista de crimes incluídos no projeto de anistia. Atualmente, a proposta prevê o perdão para cinco crimes: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Sóstenes avalia apresentar uma versão alternativa do projeto, excluindo os dois últimos crimes, o que manteria as condenações para quem depredou os prédios dos Três Poderes. Ele acredita que essa mudança aumentaria as chances de obter mais apoio parlamentar para a proposta.

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