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Cardeal brasileiro não crê que será Papa: “Só se não tivesse mais nenhum no mundo”

Aos 87 anos, Dom Damasceno explicou que, por já ter ultrapassado os 80 anos de idade, não participa mais como eleitor no conclave, o grupo restrito de cardeais responsáveis pela escolha do novo pontífice.

Dom Raymundo tem 87 anos e falou sobre os rumos da igreja católica. | Foto: Divulgação Arquidiocese
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Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal de Pernambuco, nesta segunda-feira (28), o cardeal Dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito da Arquidiocese de Aparecida (SP), afastou qualquer possibilidade de ser eleito o próximo papa.

Aos 87 anos, Dom Damasceno explicou que, por já ter ultrapassado os 80 anos de idade, não participa mais como eleitor no conclave, o grupo restrito de cardeais responsáveis pela escolha do novo pontífice.

"Não, essa expectativa eu não tenho, não, viu? Só se não houvesse nenhum cardeal mais no mundo", afirmou, em tom bem-humorado. "Depois dos 80, realmente, os cardeais não são votados no conclave."

Participação nas congregações gerais

Apesar de não poder votar, o religioso confirmou que estará presente nas chamadas congregações gerais, reuniões preparatórias que reúnem todos os cardeais — eleitores ou não — antes da eleição papal.

"Essas congregações gerais permitem os cardeais permanecerem juntos durante uns 3 a 4 dias. A palavra é franqueada a todos", explicou. "Ali todos têm o direito de se manifestar sobre os diversos assuntos de importância para a Igreja."

Durante essas reuniões, são discutidos temas administrativos, econômicos e pastorais da Santa Sé, além dos desafios enfrentados pela Igreja em diferentes regiões do mundo.

Futuro da Igreja Católica

Questionado sobre o perfil desejado para o próximo papa, Dom Damasceno enfatizou a necessidade de continuidade na linha pastoral do atual pontífice.

"Eu creio que o papa deve seguir na linha do papa Francisco. Evidentemente, cada um com a sua formação, com a sua cultura, com a sua personalidade", avaliou.

Segundo ele, a Igreja precisa permanecer "aberta, acolhedora, disposta a escutar", reforçando também o compromisso com uma "igreja pobre, e para os pobres, muito próxima das pessoas."

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