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Collor é o terceiro ex-presidente preso desde a redemocratização; relembre os casos anteriores

Antes da redemocratização, outros presidentes foram presos, confira os nomes de quem já ficaram nas cadeias

Ex-presidente Fernando Collor | Foto: Jefferson Rudy/Agência Brasil
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Com a prisão de Fernando Collor de Mello, o Brasil registra três ex-presidentes detidos desde a redemocratização. O ex-senador foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por envolvimento em um esquema de corrupção na antiga BR Distribuidora, atual Vibra Energia.

A prisão ocorreu em Maceió (AL), às 4h da manhã do dia 24 de abril, quando Collor se dirigia a Brasília para se entregar de forma voluntária, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após a detenção, o ministro autorizou que Collor cumpra a pena em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica e direito a visitas restritas.

Ex-presidentes presos após o período democrático:

 Michel Temer

🕵️Presidente entre 2016 e 2018, Temer foi preso preventivamente em março de 2019, no âmbito da Operação Descontaminação — desdobramento da Lava JatoA operação investigava corrupção, lavagem de dinheiro, fraudes em licitação e cartel nas obras da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro. Segundo delações, Temer teria conhecimento de um pagamento de R$ 1,1 milhão em propina.

 Luiz Inácio Lula da Silva

🔒Presidente entre 2003 e 2010, Lula foi preso em abril de 2018, após condenação na Lava Jato. A sentença, proferida por Sergio Moro, dizia respeito ao caso do triplex do Guarujá, supostamente recebido como propina da empreiteira OAS em troca de favorecimentos à empresa em contratos com a Petrobras.

Lula se entregou no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), e passou cerca de um ano preso em Curitiba. Ele foi solto em novembro de 2019, após decisão do STF que proibiu a prisão após condenação em segunda instância.

 Prisões políticas antes da redemocratização

📜Outros ex-presidentes brasileiros também foram presos, mas por motivações políticas, especialmente durante regimes autoritários. 

Juscelino Kubitschek: preso em 1968, no mesmo dia em que foi decretado o AI-5, acusado pelos militares de corrupção e apoio ao comunismo.

Artur Bernardes: preso por dois meses em 1932, durante a Revolução Constitucionalista; foi exilado em Portugal.

Washington Luís: deposto em 1930, ficou preso por quase um mês no Forte de Copacabana antes de se exilar por 17 anos.

Hermes da Fonseca: preso em 1892 e novamente em 1922, acusado de conspiração e críticas ao governo.

Esses episódios ilustram como a relação entre o poder e a justiça tem marcado a história da política brasileira — tanto em tempos democráticos quanto em períodos de exceção. (Com informações da CNN)

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