A CPI do déficit bilionário de Teresina recebeu, durante a 11º oitiva realizada nesta quarta-feira (17) na Câmara Municipal, a presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Leopoldina Cipriano para prestar esclarecimentos sobre a situação do órgão.
O relator, vereador Dudu (PT), questionou a chefe da pasta sobre como ela havia recebido a Fundação e qual a situação financeira da pasta com relação aos débitos apontados pela Prefeitura Municipal direcionadas ao órgão.
A presidente da Fundação informou que assumiu o comando da pasta sabendo dos inúmeros desafios que iria enfrentar, e confirmou que todos os débitos da Fundação se referem ao exercício da gestão anterior.
"Quando eu assumi, eu tinha plena convicção dos desafios que ia assumir. Teresina gasta 34,76 % do orçamento da Prefeitura com a saúde. Teresina é a capital que mais gasta com o SUS. Quando eu assumi a Fundação, ai que eu fui tomar conta dos débitos reais. Só débitos empenhados e liquidados nós temos R$ 65 milhões, e empenhados nós temos R$ 91 milhões e 887 mil. Em indenizatórios nós temos R$ 18 milhões, sem falar em empréstimos e documentos que não estão nem empenhados e nem indenizatórios aqui. Todos esses dados são do exercício anterior.
Dudu então reforçou o questionamento sobre de quando eram esses débitos e indagou se a gestão passada não havia pago nenhum valor dos débitos. A gestora, em seguida, confirmou que nenhum valor havia sido pago.
Ainda durante a sessão, o parlamentar perguntou se a presidente reconhecia que, mesmo em estado de calamidade anunciado pelo gestor municipal, ainda faltavam insumos básicos nas unidades de saúde da rede municipal. A gestora respondeu.
Reconheço sim, faltam todos os dias insumos na rede hospitalar na rede hospitalar e atenção básica, até porque muitos dos fornecedores de hoje são fornecedores do passado. as empresas no Piauí são poucas. Nós devemos do exercício anterior e compramos nesse exercício e muitos fornecedores querem que eu negocie débitos do anterior para garantir a entrega agora. Muitos que ganharam licitação agora, desse ano, estão se negando a entregar.