Apoliana Oliveira

O empresário Thiago Duarte é o mais recente cotado para assumir a Secretaria de Governo (Semgov) da prefeitura de Teresina. O nome foi defendido por um grupo de vereadores da base.

A coluna apurou que a ideia é ter um nome mais “linha dura” na pasta para marcar cerrado com a base aliada na Câmara de Teresina nos próximos meses. Justo o período de desincompatibilização de secretários e de definição partidária, com foco na eleição municipal. "Momento de separar quem é quem, quem vai ficar, quem vai sair", comenta uma fonte que pede sigilo da identidade.

No fim de dezembro, Thiago acompanhou o prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) em viagem a Brasília. Lá, a dupla visitou nomes da bancada federal, incluindo o senador Marcelo Castro (MDB), em busca de recursos para a capital.

Procurado, Duarte negou ter recebido convite, mas uma fonte do Palácio da Cidade não descarta que a mudança aconteça ainda nesta semana, marcando a saída de Admilson Brasil da Semgov.

O senador piauiense Wellington Dias (PT) comemorou, nas redes sociais, um ano de sua indicação para o comando do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do governo Lula III, que ele classifica como "um governo humano".

A pasta gerencia o Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do mundo, lembra Wellington, que se licenciou do mandato no Senado Federal para assumir a missão no ministério.

Ele reforçou ainda o compromisso, seu e do presidente, em tirar o Brasil do mapa da fome. "Não medirei esforços para que isso se torne realidade", escreveu o ministro.

O senador Ciro Nogueira (Progressistas) evidenciou, em declaração ao O Globo, que vai trabalhar para a derrubada do veto do presidente Lula ao trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias que previa um calendário para a liberação de emendas parlamentares.

Para o congressista, "ao impedir que recursos destinados por parlamentares cheguem aos municípios, o governo prejudica diretamente a população".

A norma foi apresentada pelo relator da LDO, Danilo da Fonte (UB-CE), tornando obrigatório ao governo o empenho das emendas impositivas até o dia 30 de junho. É que hoje, mesmo sendo obrigatório o pagamento das emendas, fica a cargo do Planalto a decisão de quando elas serão liberadas.

Para o governo, o tal calendário aumentaria a rigidez na gestão orçamentária e financeira e dificultaria a gestão das finanças públicas.

O vereador Venâncio Cardoso (PSDB) vê quatro possíveis cenários para a sessão extraordinária desta terça-feira (02), na Câmara de Teresina, convocada para debater a crise na saúde da capital. 

São eles: a aprovação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito; um pedido de intervenção na Fundação Municipal de Saúde; um pedido de auditoria nas contas da prefeitura; ou, no pior dos cenários, não acontecer nada.

"O que o vereador Antônio José Lira [líder do prefeito na Câmara] e a prefeitura estão defendendo é a quarta opção, que não dê em nada a sessão. E o que vou defender é que a quarta opção não aconteça", comentou Venâncio sobre o movimento da liderança do prefeito na Casa para esvaziar a sessão de logo mais. 

Ao afirmar que um eventual processo de impedimento contra o prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) não é o melhor caminho, o governador Rafael Fonteles (PT) recorre, claro, ao bom senso. 

QUEM GANHA?

Em meio à crise, um processo que aumenta a instabilidade política não traz ganhos para o cidadão. Ganho mesmo só para quem torce pelo quanto pior, melhor. Ou para quem está interessado em passar alguns meses no comando do Palácio da Cidade, a qualquer custo.

FOCO É O POVO

O caminho da intervenção na saúde, ou mesmo a união de forças do Estado à prefeitura de Teresina, é muito menos traumático para a cidade. O foco precisa ser na solução dos problemas. 

LEVA PRA URNA

E não custa lembrar: Pessoa está no último ano do mandato garantido nas urnas, pelo voto popular. E é no voto que a questão precisa ser resolvida.

Joel Rodrigues (PP) não pode concorrer à vice-prefeitura de Teresina em 2024. É o que aponta o resultado da consulta feita pelo ex-prefeito de Floriano (PT) e presidente estadual do Progressistas, junto ao Tribunal Superior Eleitoral. A ideia do Progressistas era ter Joel na chapa majoritária de 2024, ao lado de Sílvio Mendes (UB), pré-candidato a prefeito. 

De acordo com a decisão do ministro André Ramos Tavares, "a resposta buscada pelo consulente já se encontra na base jurisprudencial desta Corte".

Ramos lembra que o TSE já decidiu que "é vedado ao Prefeito, no exercício do segundo mandato, se candidatar ao cargo de Vice-Prefeito, ainda que haja renunciado anteriormente ao cargo, tendo em vista a possibilidade de assunção da titularidade do cargo nas hipóteses de sucessão ou substituição”.

Logo, "como o conhecimento da consulta demanda a existência de efetiva dúvida a ser resolvida", o ministro sequer deu conhecimento à consulta de Joel. 

Joel foi eleito prefeito de Floriano em 2020 e renunciou em abril do ano passado para concorrer ao Senado Federal pelo Progressistas. Nas urnas, foi derrotado pelo hoje senador e ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT). 

O deputado estadual licenciado e superintendente da SAAD Sul, Jeová Alencar, vai reunir seus amigos em uma confraternização nesta quarta-feira (20), em uma casa de eventos na Zona Sul de Teresina. E o convidado de honra da noite é o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (UB). O convite foi feito e, segundo interlocutores de Jeová, Sílvio confirmou presença. No ato, a foto dos dois juntos será o prenúncio de uma parceria acertada para 2024?

Tudo indica que sim. A coluna apurou que é cada vez mais forte a possibilidade de que Jeová Alencar seja confirmado como pré-candidato a vice de Sílvio Mendes, na corrida pela prefeitura da capital. Ainda mais com a ensaiada federação entre União Brasil, Progressistas e o Republicanos de Jeová. É meio caminho andado para a formalização de um compromisso feito com o deputado ainda na campanha de 2022, quando ele apoiou Sílvio e até aceitou declarar apoio público à reeleição de Jair Bolsonaro - a pedido de Ciro Nogueira (PP).

QUEM NÃO VAI

O deputado federal Júlio Arcoverde (PP) também foi convidado, mas não irá em razão dos compromissos em Brasília. Inclusive, é em Brasília que o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos) está. Ele não deve chegar a tempo de se juntar aos amigos de Jeová. Depois da noite de amanhã, continuarão amigos? Essa a coluna não ousa responder!

DETALHE

Por telefone e por mensagens no WhatsApp, a coluna tentou confirmar com o próprio Sílvio a sua presença no evento. Ele não atendeu, nem respondeu até a publicação desta nota.

O secretário de Segurança, Chico Lucas, descartou a possibilidade de suspender a Operação Silêncio e Paz durante o fim de ano. A demanda foi solicitada pelo vereador Roberval Queiroz (DC), em ofício protocolado junto à secretaria. No documento, o parlamentar pede que os trabalhos sejam paralisados até que a Câmara de Vereadores de Teresina revise os limites da Lei do Silêncio.

À coluna, Chico diz que a única possibilidade seria em caso de revogação da norma. "Esse pedido, lógico, atende a um pleito da base do vereador, mas da nossa parte a gente tem que cumprir a lei", afirma o secretário. Ele pede ainda que a Câmara decida logo sobre os novos limites, já que as operações irão continuar.

Músicos da capital, que levaram a discussão à Câmara, querem a elevação do limite de som para 150 decibéis - mais alto que o barulho da turbina de um avião ou do estampido de um disparo de arma de fogo. Atualmente, a SSP autua ocorrências acima do limite de 80 decibéis. 

O vice-governador Themístocles Filho (MDB) jogou, mais uma vez, um balde de água fria nas pretensões do Palácio de Karnak de definir, ainda em 2023, a chapa a ser encabeçada por Fábio Novo (PT), na pré-campanha a prefeito de Teresina. 

Nesta segunda-feira (18), aos jornalistas, Themístocles disse com todas as letras que “as decisões do MDB vão acontecer no próximo ano”.

No momento da entrevista, quem estava ao seu lado era o senador Marcelo Castro (MDB), presidente estadual do partido, que não ousou questionar o vice. Pelo contrário, passou a bola para Themístocles quando foi indagado sobre o prazo para a definição do partido quanto à eleição na capital. 

Algum fato novo conseguiria mudar a opinião de Themístocles antes da contagem regressiva para 2024? O único capaz seria Rafael Fonteles. O governador vai esperar para conseguir a sonhada união da base?

Até lá, o superintendente do Hospital Universitário da UFPI, o cardiologista Paulo Márcio, segue pré-candidato. E cada vez mais elogiado por Marcelo Castro.

Mais uma reunião da executiva estadual do MDB terminou sem qualquer decisão sobre a estratégia eleitoral do partido para 2024, em Teresina. O encontro desta segunda-feira (11), na sede do diretório emedebista, na zona Leste da capital, aconteceu sem a presença do vice-governador do Piauí, Themístocles Filho, entusiasta da pré-candidatura do médico Paulo Márcio. Ele foi representado pelo presidente municipal do MDB, vereador Zé Nito (MDB). 

À imprensa, o senador Marcelo Castro (MDB) disse que ainda não há decisão tomada. "A opinião que nós chegamos, e foi consensual, é de que este mês de dezembro é importante para o MDB tomar a sua decisão", explica. 

Antes, Marcelo diz que é preciso ouvir Themístocles, em conversa que deve acontecer ainda no dia de hoje. Ele deixa claro que a pré-candidatura de Dr. Paulo Márcio continua posta, mas diz que se houver mudança neste cenário, o partido não irá se oferecer para a vice do pré-candidato petista, Fábio Novo (PT). 

“Primeiro, nós temos um pré-candidato. Segundo, se deixar de existir esse pré-candidato, eu acho que nenhum partido deve se oferecer para coisa nenhuma. Teria que ter um convite, evidentemente, se houvesse o convite aí nós iríamos analisar. Mas nada disso foi discutido, nada disso está em jogo. Nós temos uma pré-candidatura em curso, o que nós estamos discutindo é se até o final do mês o MDB deve tomar a decisão se continuará com a candidatura própria ou não”, explica Marcelo.