Apoliana Oliveira

A secretária municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Karla Berger, confirmou à coluna, nesta segunda-feira (26), que vai pedir sua desfiliação do Republicanos. A decisão, ela explica, veio após sinalização do próprio Palácio da Cidade de que ela não deve compor a chapa proporcional do partido para as eleições de 2024.

Karla já comunicou ao presidente do partido, João Duarte Pessoinha, e diz que seguirá as determinações do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos). "Seria candidata a pedido do prefeito. Nunca fui e nunca serei problema para Dr. Pessoa", diz a secretária.

Em 2022, ela concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados, atendendo a um chamamento do prefeito. A expectativa era de que nas eleições do ano que vem, Karla ajudasse a compor a chapa do Republicanos. Agora, diz a secretária, a orientação do prefeito é de se dedicar à pasta das Mulheres e auxiliar nas ações de implementação da Casa da Mulher Brasileira, cujas obras estão em ritmo acelerado.

"Temos feito um trabalho importante na secretaria e pretendemos continuar", reforça Karla, afastando rumores de que poderia deixar a secretaria.

15 PRÉ-CANDIDATOS

Mesmo com a saída de Karla da composição proporcional, a gestão Pessoa tem pelo menos quinze nomes cotados para disputar a eleição para vereador em 2024. Nomes como Alan Cavalcante (Semcaspi), Luis André (Semam), Roncalli Filho (Saad Centro), James Guerra (Semduh), estão nesta lista. A meta do grupo do prefeito é eleger pelo menos 15 vereadores ligados à base. 

O deputado estadual Fábio Novo, do Partido dos Trabalhadores, recebeu mais uma adesão na manhã desta quinta-feira (22). A diretora da Academia de Polícia Civil do Piauí, Anamelka Albuquerque, do Solidariedade, vai apoiar a pré-candidatura de Novo a prefeito de Teresina. Os dois se reuniram no gabinete do parlamentar, na Assembleia Legislativa do Piauí.

"Uma das áreas que nós vamos ter que nos debruçar é a da segurança pública, e eu sonho que Teresina esteja sintonizada com o governo do Estado e com o governo federal, para juntos nós traçarmos uma estratégia de política pública para somar esforços e dar mais segurança. E receber o apoio da Anamelka hoje, pra mim aqui, é muito importante porque vai me ajudar a pensar uma proposta de segurança para a cidade de Teresina", comentou Fábio em entrevista à coluna.

Mesmo com a posição do Solidariedade em fechar apoio a Franzé Silva, Anamelka diz que se sente livre para manifestar sua preferência. "Nome qualificado, que eu já admiro há muito tempo, e espero sinceramente que outras pessoas possam observar isso", afirmou a delegada. 

Procurado pela coluna, o presidente do Solidariedade, Evaldo Gomes, disse que tem deixado os filiados livres para tomarem posição. Mas ressaltou que a maioria do partido apoia Franzé Silva (PT). "De 30 pré-candidatos a vereadores, temos 28 nomes que apoiam o Franzé e dois o Fabio Novo. Os dois pré-candidatos são do PT, então, não tem porque ocorrer divergências. Afinal será um ou o outro o candidato apoiado pelo Solidariedade. Claro que a maioria do partido quer o deputado Franzé o escolhido para ser o candidato a prefeito de Teresina", pontuou.

Em entrevista à coluna, o vereador Edilberto Borges, o Dudu, demonstrou preocupação com a falta de empenho de líderes do na formação da chapa proporcional do Partido dos Trabalhadores, em Teresina, para 2024.

“Estamos aquém do que nós podemos ter de chapa proporcional. Não digo negligenciada, mas está abaixo do patamar que a gente precisa. Se o PT quiser eleger 7 vereadores, tá é longe [sic]”, afirmou o parlamentar, que ontem (22) discutiu o assunto com os colegas Deolindo Moura (PT) e Elzuila Calisto (PT).

Na avaliação de Dudu, o partido tem se preocupado demais com a escolha do candidato majoritário, focado na disputa interna entre os deputados estaduais Fábio Novo (PT) e Franzé Silva (PT), além do deputado federal Merlong Solano (PT).

FICA COMO ESTÁ

Dudu falou ainda sobre a situação do partido na gestão Pessoa. Ele insiste que, mesmo com o PT debatendo candidatura majoritária, não há motivos para os vereadores entregarem os cargos que indicam na prefeitura. O comando da Fundação Wall Ferraz é o principal deles. 

E a recíproca existe. Ontem, Dr. Pessoa (Republicanos) disse que enquanto os petistas não romperem oficialmente, ficam onde estão. "Quem está lá não está me incomodando", afirma. 

A declaração de apoio de Gessy Lima (SDD) à pré-candidatura de Franzé Silva (PT) foi mais negativa do que positiva entre membros do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores, onde até então o deputado dispunha de uma confortável maioria. A chiadeira é total, principalmente na ala dos “petistas raiz”. Os ataques de Gessy ao PT, Wellington, Rafael e Lula não podem ser apagados tão facilmente, avaliam os “companheiros”.

AH, O FATO NOVO…

Antes de assinar a ficha de filiação, Gessy fez críticas duríssimas à gestão do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos). Mas para quem não tem boa memória, vale lembrar que não tem muito tempo que a empresária discutia com o próprio Palácio da Cidade a sua reinserção no grupo político do prefeito de Teresina. Na época, foi cogitada a indicação de Gessy para uma pasta na equipe de Pessoa. 

É A MESMA!

Em entrevista, e no discurso durante o ato político, Gessy disse que continua sendo a mesma: “O que nos une é essa vontade de trabalhar por Teresina, de reconstruir Teresina. A minha ideologia continua a mesma. Eu sou a mesma Gessy de 2020, sou a mesma Gessy de 2022 e vou continuar com as minhas mesmas pautas”. Vão continuar os ataques ao PT, também?

FAZENDO AS CONTAS

Mas Evaldo Gomes, presidente do Solidariedade, está festejando a filiação da empresária. Conta pontos com Franzé e de quebra leva para o partido um nome com bom recall político, como o de Gessy. Acredita que, ao lado da vereadora Fernanda Gomes (SDD), a empresária consegue puxar uma chapa capaz de eleger até quatro vereadores em Teresina.

Agora no comando da comissão provisória do União Brasil em Teresina, o ex-prefeito Sílvio Mendes reforçou que o partido sempre foi oposição à gestão do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) e ao Palácio de Karnak. E alfinetou Ronney Lustosa (UB), que comandava a sigla na capital, por insistir na aliança com o Palácio da Cidade, ao ponto de ser nomeado secretário de Administração.

"Sempre foi [oposição]. O diálogo [por parte do Ronney] deveria ter existido antes. E não foi por parte de disposição ou disponibilidade nossa. Isso é confortável? Não. Claro que não é. Era melhor ter tido a harmonia que todo partido deve ter. Como é que você pertence a um partido, e se comporta como oposição dentro do partido ao qual você pertence?", comentou o ex-prefeito.

Por telefone, Silvio disse ainda que a decisão de anular a convenção que conduziu Ronney ao comando do diretório tem o aval do diretório nacional do União Brasil, descartando qualquer possibilidade de a legenda compor eleitoralmente com o prefeito.

O movimento anula, de uma vez por todas, as expectativas do Palácio da Cidade, que enxergava no União Brasil uma alternativa para abrigar aliados na composição proporcional. 

CONSEQUÊNCIAS

Ronney afirmou que pretende recorrer e buscar a anulação da convenção que elegeu Silvio presidente. Mas a coluna apurou que são poucas as chances de reverter a mudança. O secretário deve continuar filiado por enquanto, mas ocupando o cargo na PMT à revelia do comando do UB. Já o vereador Luis André, secretário municipal de Meio Ambiente, ganha mais um motivo para se filiar no Republicanos, já que ele e Sílvio "não se cheiram".

O deputado estadual Nerinho (PT) declarou, em entrevista à coluna nesta terça-feira (20), seu apoio ao nome do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, deputado Franzé Silva (PT), na disputa interna do Partido dos Trabalhadores pela vaga de candidato a prefeito de Teresina, nas eleições de 2024.

"Pela experiência que ele já tem, por onde ele passou como secretário de Administração, como secretário de Fazenda, como deputado estadual, e agora, fazendo essa verdadeira revolução aqui na Assembleia Legislativa, não tenho dúvida nenhuma que o melhor nome para a prefeitura de Teresina é o deputado Franzé", afirmou Nerinho.

E como no início da tarde de hoje, o deputado Fábio Xavier (PT) declarou apoio a Fábio Novo (PT), a disputa entre os pré-candidatos petistas - considerando os apoios dos parlamentares estaduais - fica empatada.

Enquanto Franzé conta com Nerinho e Evaldo Gomes, presidente do Solidariedade, Fábio Novo tem o apoio de Fábio Xavier e Ana Paula, do MDB. Mas as projeções indicam que, no fim das contas, Novo deve conseguir vantagem entre os petistas na Assembleia.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT), voltou a cobrar do Banco Central a redução da taxa básica de juros, que segue no patamar de 13,75% ao ano. Para Dias, que coordena a execução de programas sociais importantes do governo Lula, como o próprio Bolsa Família, a redução dos juros é essencial para “tirar gente da pobreza”.

“A economia voltou a crescer, o país voltou a ter um ambiente de confiança. E a gente ainda tem a trava dos juros. A inflação está caindo, as contas públicas estão melhorando. Nada justifica essa taxa de juros do Banco Central. Os juros hoje estão matando o comércio, a indústria e a agricultura. Temos um país com vontade de crescer”, afirmou o ministro em entrevista concedida no último sábado (17), em visita a obras em Teresina, no Piauí.

Mesmo sem citar Campos Neto, presidente do BC, Wellington direcionou as críticas à direção do banco, apontando o “olhar atrasado”, sem descartar a possibilidade de uma ação política na insistência em manter o patamar da taxa Selic, mesmo com a queda da inflação.

“É uma ação que parece política, de prejudicar o país. Isso não é razoável. A quem interessa essa agiotagem? Qual o sentido de 9% de juros acima da inflação?”, indagou o  ministro, citando em seguida o empenho do governo Lula em encontrar, através da própria rede bancária, um caminho para baratear os juros. “Temos um programa de inclusão socioeconômica e precisamos de juros baixos para tirar gente da pobreza”, completou Wellington.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, visitou neste sábado (17), em Teresina, o andamento das obras do rebaixamento da Avenida João XXIII, na Zona Leste, e do viaduto do Mercado do Peixe, na Zona Sudeste. As obras são tocadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). 

Das obras, a mais adiantada é exatamente o viaduto do Mercado do Peixe, que tem previsão de entrega na primeira quinzena do mês de agosto.

Segundo o superintendente do DNIT no Piauí, Ribamar Bastos, o viaduto vai ajudar a desafogar o trânsito na região, por onde passam cerca de 40 mil veículos por dia. 

Já o rebaixamento da João XXIII, no trecho da Ladeira do Uruguai, deve ser entregue em setembro de 2024. A obra tem investimentos na ordem de R$ 49 milhões, com recursos federais e emendas parlamentares.

“É uma obra que faz parte do contorno rodoviário de Teresina, que inclui ainda a duplicação da BR-343 até a Avenida Miguel Rosa, o viaduto é esse rebaixamento, que é o lote 4 do contorno. E vem diante do crescimento dos empreendimentos imobiliários nesta região. Acreditamos que essa obra vai resolver definitivamente o problema”, diz Ribamar. 

O ministro destaca que, assim como no Piauí, mais de 14 mil obras federais estão sendo retomadas no país. “Obras que [no governo Bolsonaro] estavam até andando, mas de certa forma lenta e outras paralisadas, e o presidente Lula deu um comando para todas as áreas para a retomada das obras. E isso ajuda que a gente tenha maior resultado no crescimento do PIB”, diz Wellington.

Após a visita, a comitiva composta por vereadores, deputados estatais, membros da bancada federal, como o senador Marcelo Castro (MDB), e o governador em exercício, Themistocles Filho (MDB), seguiu para a sede do DNIT, para a apresentação do plano de trabalho do órgão até 2026. 

O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Teresina, Fábio Novo (PT), fez na manhã desta sexta-feira (16) uma visita de cortesia ao governador em exercício, Themístocles Filho (MDB). Na agenda, foi acompanhado do secretário de Cultura, Carlos Anchieta, e do membro da executiva nacional do PT, João Pereira.

Em entrevista à coluna, Fábio defendeu a união do campo político que hoje está ligado ao Palácio de Karnak. Campo que inclui, além do PT, partidos como PSD, MDB e Solidariedade. Lembrou que na campanha de 2020 a divisão das forças políticas fragilizou o grupo e argumentou que hoje o Partido dos Trabalhadores vive um outro momento.

Para Fábio, o PT tem hoje uma "chance real" de "reconstruir Teresina". "E para reconstruir Teresina você vai precisar justamente de união de forças. Inclusive de pessoas que pensam diferente da gente", completou.

O QUE DIZ THEMÍSTOCLES?

Mais cedo, o governador em exercício preferiu ser cauteloso ao ser questionado se o MDB vai lançar candidatura em Teresina, ou apoiar o candidato de Rafael Fonteles (PT). "A gente tem que ter muita cautela. O Fábio Novo não é do MDB, eu sou vice do Rafael que é do PT, a gente tem que ter muito cuidado nas declarações. Deixa dezembro chegar, ou até janeiro chegar, para nós acertamos nas tomadas de decisões", disse.

Coronel Nixon e o ex-secretário de Governo, Antônio Neto, também estiveram presentes no encontro que ocorreu na vice-governadoria do Estado, de onde despacha Themístocles.

O ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), confirmou à coluna que terá um encontro com a deputada estadual Bárbara do Firmino (Progressistas), na próxima semana. A agenda servirá para alinhar as estratégias do grupo de oposição à atual gestão Palácio da Cidade.

“Marcamos pra conversar próxima semana, com pauta aberta. Hoje [estou] indo pra Amarante, pescar no Rio Parnaíba, com amigos”, afirmou Sílvio em mensagem enviada pelo WhatsApp.

Ele foi convidado pela deputada Bárbara para participar das plenárias de pré-campanha da parlamentar, que devem iniciar na próxima semana. Sílvio não respondeu se pretende acompanhar as agendas. Os dois são os principais nomes da oposição, ligada a Ciro Nogueira, para concorrer às eleições municipais em 2024. A tendência é de que a dupla esteja unida na composição majoritária.

Sílvio lidera praticamente todas as sondagens de intenção de voto até agora divulgadas. Contudo, pelo alto índice de conhecimento do seu nome entres os teresinenses, o ex-prefeito não tem tido um crescimento substancial. Já Bárbara avança, tem se tornado mais conhecida e, nos levantamentos, está crescendo nas sondagens.

SEM PRESSA

Ao enfatizar na resposta à coluna sobre a pescaria, Silvio deixa claro que não tem pressa em botar o bloco na rua. A avaliação do próprio ex-prefeito e de assessores próximos é de que uma maior exposição neste momento poderia ter efeito contrário, de desgaste na imagem. Como líder nas pesquisas, a escolha tem sido aguardar.