Apoliana Oliveira

Uma semana após ensaiar licença da Casa Civil, Ciro Nogueira retirou dos seus perfis nas redes sociais a denominação de ministro de Estado. Em sua "bio" no Instagram e Twitter, está usando apenas a frase "Apaixonado pelo Piauí". Ao blog, Ciro afirma que nada muda em seu status ministerial. A mudança atende orientação jurídica, já que ele tem usado os perfis para fazer campanha para Sílvio Mendes (UB), Joel Rodrigues (PP) e Jair Bolsonaro (PL). 

O candidato do PMN ao Senado Federal, professor Ajosé Fontenele, comemorou o desempenho nas pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta reta final da campanha. No levantamento do Instituto Amostragem (TSE PI-00381/2022) ele aparece na terceira colocação, com 1,55% dos votos válidos, atrás de Wellington Dias (PT), com 62,38%, e de Joel Rodrigues (PP), que tem 32%. Ele agora aposta nos indecisos e faz defesa para que os eleitores não anulem o voto.

Lourdes Melo (PCO) afirmou que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, pelo indeferimento de sua candidatura ao governo do Piauí. Em entrevista, disse ter cumprido todas as exigências em relação à elegibilidade dos nomes propostos na chapa, que foi barrada após a troca do nome do candidato a vice-governador, fora do prazo exigido pela Legislação Eleitoral. "Vamos continuar fazendo a defesa de um Brasil para os trabalhadores. Os poderosos querem nos calar, mas não nos calarão", disse. 

Apostando na derrota de Sílvio Mendes (União Brasil) também em Teresina, o senador Marcelo Castro (MDB) comparou o ex-prefeito de Teresina ao deputado federal Aécio Neves (PSDB), que em 2014 foi derrotado por Dilma Rousseff (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto. "Perdeu a eleição para a Dilma, mas perdeu no estado dele. Ou seja, o Sílvio vai perder a eleição para o governo do Estado, e vai perder, digamos, na paróquia dele, que é Teresina. Então, ele não vai poder se queixar de ninguém", lembrou o emedebista em entrevista ao blog.

O senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas) confirmou que pedirá licença do ministério da Casa Civil. Em entrevista exclusiva, ele afirmou que já comunicou a decisão ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com a licença, Ciro irá se dedicar inteiramente à campanha de Sílvio Mendes (União Brasil) e de Joel Rodrigues (Progressistas), no Piauí. "Vou percorrer dezenas de cidades do interior, levando a mensagem dos nossos candidatos. O presidente já autorizou, e devo tirar licença da Casa Civil até o dia 30", disse.

Ele negou que o gesto signifique seu afastamento da campanha de reeleição do presidente. "De forma nenhuma, já coordenamos a campanha e aqui, mesmo distante, nós vamos estar no comando da campanha do presidente. Se precisar, vamos retornar à Brasília", completou.

O candidato a governador do Piauí, Sílvio Mendes (União Brasil), rejeitou o apoio manifestado por Jair Bolsonaro (PL), em sua live semanal, nesta quinta-feira (15). Ao blog, Mendes disse que não tinha conhecimento de que o presidente pediria votos para ele.

"Desconheço e não pediria. O candidato dele é o Cel Diego", afirmou em conversa pelo WhatsApp.

Ao blog, Sílvio Mendes rejeitou apoio do presidente, manifestado em sua live semanal. Foto: Divulgação/AsComSílvio disse ainda que seu partido tem candidata à presidência da República, se referindo à Soraya Thronicke (UB), que também já divulgou vídeo pedindo votos para ele. Porém, o candidato nunca pediu votos para ela, e já afirmou em entrevista que não a conhece.

Nas redes sociais, horas após a live, ele também se manifestou sobre a razão de não ter manifestado ainda seu voto na disputa presidencial. Repetiu que "seja quem for o próximo presidente da República, eu vou me sentar para conversar e para resolver os problemas do nosso estado".

Ao longo da campanha, Sílvio tem rejeitado associação com o palanque bolsonarista no estado, mesmo tendo como principal aliado na oposição o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, aliado de primeira hora do presidente da República.

No momento que chamou de “horário eleitoral” em sua live da semana, nesta quinta-feira (15/09), o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu votos para as candidaturas ao redor do país do seu grupo de apoio, mencionando Sílvio Mendes, que concorre ao governo do Piauí pelo União Brasil, e Joel Rodrigues, na disputa ao Senado pelo Progressistas.

Contudo, na campanha, o candidato do União Brasil - mesmo tendo o apoio do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira - tenta se afastar da imagem de Bolsonaro, e evita levar a discussão política para o âmbito nacional.

Nem ele, nem Joel, chegaram a declarar voto ou apoio ao presidente, que tem no seu palante no estado o Coronel Diego Melo, do Partido Liberal, que não é citado na live de Bolsonaro.

O suplente de vereador, Eduardo Draga Alana, está prestes a deixar o comando da Secretaria Municipal da Juventude de Teresina. Nos últimos dias, ele tem consultado a Mesa Diretora da Câmara sobre o seu retorno ao mandato, o que só pode ocorrer caso Renato Berger (PSD), titular do mandato, reassuma e peça nova licença.

“Desde o dia em que entrei”, respondeu o secretário ao ser questionado sobre o interesse em deixar a pasta, reclamando em seguida da falta de estrutura na secretaria para a execução de obras e ações.

Segundo apurou o blog, Renato consentiu em retornar à Câmara, em favor de Draga Alana, voltando em seguida para a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, onde pretende continuar. Falta apenas a anuência do prefeito Dr. Pessoa, que já teria dado sinal positivo para a mexida, que deve ocorrer logo após a eleição.

PASTA JÁ TEM DESTINO

Com a saída de Draga Alana, o PSD perde a indicação da vaga, que deve ficar com os vereadores Neto do Angelim e Valdemir Virgino. Os dois ensaiam filiação ao Republicanos de Dr. Pessoa, agora que foram liberados pelo Progressistas.

O Progressistas decidiu liberar os vereadores Neto do Angelim e Valdemir Virgino, que pediram autorização do Diretório Municipal para deixar a sigla, sem prejuízo do mandato na Câmara Municipal de Teresina. Os dois anunciaram apoio à candidatura de Rafael Fonteles (PT), conflitando com a indicação do partido pelo apoio a Sílvio Mendes (União Brasil).

Vereadores conseguiram autorização para deixar a sigla sem prejuízo do mandato. Foto: Apoliana Oliveira/Portal MN“Pediram para sair e o partido anuiu. Aqui, só fica quem quer seguir o partido, somos todos Sílvio e Joel [Rodrigues]. Não é uma obrigação, mas um direcionamento”, disse o presidente municipal do Progressistas, Aluísio Sampaio.

RUMO AO REPUBLICANOS

O caminho dos vereadores deve ser de fato o Republicanos, que na capital tem como principal líder o prefeito Dr. Pessoa, que por diversas vezes convidou Neto e Valdemir para integrar a legenda.

Ao blog, o vereador Neto do Angelim disse que os dois estão conversando com o prefeito. Mas que, por enquanto, ficarão sem partido.

SEMJUV NA MIRA

Com a filiação ao Republicanos, os dois vereadores devem se unir para a indicação da Secretaria Municipal da Juventude, que logo após a eleição deve ficar vaga com a saída de Eduardo Draga Alana (PSD).

Rafael Fonteles, candidato do PT ao governo do Piauí, negou que sua equipe de coordenação de campanha tenha sofrido mudanças. Após rumores sobre a saída do advogado Chico Lucas, dando lugar a Marcelo Castro (MDB) e Osmar Júnior (PCdoB), o petista disse em entrevista que tudo não passa de “fuxico”.

“Não estou sabendo de nenhuma mudança. Ele [Osmar] sempre esteve. É o povo do fuxico, o povo do desespero, a turma do lado do ódio, a turma do racismo, e a turma da agressão às mulheres. Essa turma tem que ficar longe do poder”, disse Rafael, sem citar nomes.

Porém, informações de bastidores apontam a entrada do senador Marcelo Castro entre os nomes que coordenam a articulação de campanha de Rafael. O senador tem assumido posição de confronto direto com a oposição.

Nesta reta final, a principal cobrança aos aliados tem sido a necessidade de associação do nome de Rafael ao do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, dado o bom desempenho do líder petista em pesquisas de intenção de voto realizadas no Piauí.