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Exclusivo Eleições 2026: o estranho caso do político rejeitado por ter votos demais

O vereador Draga Alana protagoniza episódio inédito na política piauiense ao não conseguir sigla para disputar a eleição do ano que vem

Vereador Draga Alana (PSD) durante a campanha eleitoral de 2024 | divulgação

A duração de um story da rede social preferida dos políticos! Em apenas 24 horas, as portas do PP passaram de "arregaçadas"para "totalmente fechadas" para o vereador Eduardo Draga Alana, (PSD) que pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Piauí. Não é a primeira rejeição pública sofrida pelo parlamentar, que já teve sua filiação descartada pelo Partido dos Trabalhadores e contestada por caciques do MDB. O motivo é a performance eleitoral do vereador que foi o mais votada no pleito para a Câmara Municipal, com 9.233 votos, e a projeção de que ele poderia abocanhar uma das vagas na Alepi, deixando de fora, nomes que buscam a reeleição. "Pedra que dá fruto incomoda muita gente", reage o parlamentar.

Para as eleições de outubro de 2026, a aliança eleitoral prevê um acordo entra o MDB, que  fica com a chapa de estadual, e o PSD com definição da chapa de deputado federal. Por isso, a competitividade de Draga Alana, que poderia ser um estímulo, acaba dificultando a situação dele. Com 4 cadeiras a menos, por conta da redistribuição de vagas definida pelo STF, o vereador coleciona opositores à sua ideia de ser filiado a um dos partidos que possam viabilizar a candidatura. 

As tentativas de obter uma sigla para a disputa começou com o Partido dos Trabalhadores, após receber o apoio do colega, o vereador Dudu Borges (PT), que anunciou apoio. No entanto, Dudu acabou isolado na ideia de atrair o novo filiado. Coube ao  deputado Francisco Limma sepultar a ideia, ao declarar que faltaria ao vereador, o perfil "ético"para ingressar no Partido de Lula. Limma não deu detalhes sobre o veto.

Depois do PT, controvérsia envolveu o MDB, deixando de lados opostos o deputado João Madson e o senador Marcelo Castro. Este último era favorável à filiação de Draga Alana. Mas como tudo no MDB segue uma tramitação mais lenta - e o relógio de quem vai disputar as eleições de 2026 segue outro ritmo - as especulações eram de que ele poderia ir para oposição à base eleitoral do governador Rafael Fonteles (PT) à qual ele tem se mantido fiel.

Em um áudio enviado a jornalistas, o presidente do PP, Joel Rodrigues, afirmou que as portas do PP estavam "arregaçadas"para receber o vereador. Mas os deputados federais Júlio Arcoverde e Átila Lira discordam. E Rodrigues precisou fazer outras declarações pública rejeitando o nome de Draga Alana, justificando que, por estar atuando na oposição, não poderia se filiar ao Progressista. Apesar da polêmica, o vereador nega que tenha procurado o PP. "Nunca procurei, não estou interessado", garante 

Depois de mais uma negativa, o vereador afirmou que a pre-campanha está a todo vapor "Sigo firme, trabalhando muito por Teresina".

O vereador diz que é da base do governo e aguarda definição de Rafael Fonteles sobre sua candidatura, mas reconhece que a rejeição pode ter origem de "fogo amigo", diz. "Todos querem meu apoio", acredita

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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