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CPI do Déficit: Ex-secretários e fornecedores serão ouvidos; Câmara quer saber origem do rombo

A Comissão formalizou as próximas etapas da investigação, com oitivas marcadas para os dias 6, 7 e 13 de agosto.

Câmara quer saber a origem do rombo financeiro. Dudu preside a CPI. | Divulgação/Reprodução

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Déficit Financeiro de Teresina deu um passo decisivo na última segunda-feira (15) ao definir um calendário de audiências e ações durante o recesso parlamentar. A informação foi confirmada pelo presidente da CPI, o vereador Dudu Borges, que destacou a importância da continuidade dos trabalhos mesmo fora do período legislativo.


Audiências com ex-secretários e fornecedores já têm data

Durante a reunião, a Comissão formalizou as próximas etapas da investigação, com oitivas marcadas para os dias 6, 7 e 13 de agosto. Nos dois primeiros dias, serão ouvidos ex-secretários de Finanças da gestão anterior. Já no dia 13, a CPI receberá fornecedores e representantes de empresas terceirizadas que prestaram serviços ao município.

“Hoje nós estabelecemos aqui um calendário para que a gente possa dar continuidade, mesmo no período de recesso, mas as compilações aqui das informações, dos números, e já marcadas aqui algumas auditivas importantes. No dia 7, teremos auditiva aqui com os ex-secretários de finanças do município, 6 e 7, e também no dia 13, a auditiva aqui com os fornecedores e terceirizados do município de Teresina, para que a gente possa avançar nos números”, afirmou Dudu Borges.


Dívida com terceirizados será foco da próxima etapa

A comissão investiga os restos a pagar acumulados na Prefeitura de Teresina, que somam R$ 456 milhões, sendo R$ 212 milhões apenas com empresas terceirizadas. Segundo Dudu Borges, parte do que tem sido chamado de “rombo” nas contas do município corresponde a despesas correntes, mas ainda é necessário detalhar a composição desses débitos.

“Os números apresentados aqui pelo secretário de finanças já começam aqui a ser demonstrado do que se dizia, que esse dito rombo, boa parte é despesa corrente do município”, explicou o vereador.

O presidente da CPI reforçou que será essencial ouvir os gestores da gestão anterior, especialmente aqueles responsáveis pela Secretaria de Finanças nos últimos dois anos, para compreender como a dívida foi acumulada e quais contratos estão relacionados ao valor pendente.

“Mas a gente precisa adentrar aqui nesse débito de 212 milhões dos terceirizados, dos 456 milhões de restos a pagar. E para isso, carecemos aqui de ouvir os ex-secretários de finanças da gestão anterior, dos últimos dois anos, e também dos fornecedores”, frisou.


Transparência e prestação de contas à população

Dudu Borges finalizou sua fala afirmando que a comissão segue comprometida em dar respostas claras à população de Teresina, com base em dados concretos e relatos de testemunhas.

“E assim a gente vai avançar o quanto antes para demonstrar pro povo de Teresina esses números no dia a dia real”, concluiu.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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