Silvio Mendes admite que transporte público de Teresina é 'muito ruim': “Sem demagogias”

O prefeito da capital terá uma reunião nesta segunda-feira, 09 de junho, com representantes do Ministério das Cidades e BNDES para tratar da temática.

Silvio Mendes admite a má qualidade do transporte público na capital do Piauí. | Divulgação/Reprodução

O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), admitiu publicamente nesta segunda-feira (9) que o sistema de transporte público da capital “é muito ruim”. Em tom realista, ele comentou que a situação exige enfrentamento sem promessas vazias, em meio a articulações com o governo federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para buscar soluções de longo prazo.

“Sabemos que esse serviço é muito ruim e estamos trabalhando para viabilizar as melhorias necessárias. Sendo realistas e sem demagogias”, declarou o gestor ao confirmar participação no encontro promovido pelo Ministério das Cidades, que reúne 21 regiões metropolitanas brasileiras com mais de um milhão de habitantes.

Estudo Nacional de Mobilidade Urbana será apresentado

Durante a reunião, será lançado o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), desenvolvido em parceria entre o BNDES e o Ministério das Cidades. O objetivo é diagnosticar gargalos e planejar investimentos em transporte público de média e alta capacidade ao longo das próximas três décadas, com foco na integração de redes, eficiência operacional e gestão coordenada entre municípios, estados e União.

O prefeito de Teresina destacou a importância do evento, afirmando que “a Prefeitura de Teresina participará de uma reunião sobre o transporte urbano, junto com outras 21 regiões metropolitanas brasileiras, com o Ministério das Cidades e o BNDES.”

Parcerias e projetos para o Novo PAC

A intenção do estudo é formar uma carteira de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) que resultem em obras e modernizações previstas no escopo do Novo PAC, o programa federal de aceleração de investimentos. Os projetos identificados deverão considerar aspectos como financiamento sustentável, redução de emissões poluentes, otimização de trajetos e melhoria na qualidade de vida da população.

Entre os benefícios esperados estão a redução de congestionamentos, menos acidentes, menor emissão de gases do efeito estufa, além de ampliar o acesso da população mais vulnerável aos serviços urbanos e oportunidades de trabalho.

Impactos sociais e combate à desigualdade

A proposta da Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana visa tornar o transporte público um vetor de inclusão. A maior adesão aos meios coletivos pode elevar a produtividade nas cidades e diminuir desigualdades socioeconômicas, ao aproximar moradores da periferia dos polos de emprego, saúde, educação e lazer.

Em Teresina, o tema é urgente. Após sucessivas crises no sistema, que enfrenta linhas inoperantes, frota sucateada e queda no número de passageiros, a prefeitura busca no apoio federal alternativas para modernizar a mobilidade urbana e devolver dignidade aos usuários.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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