Quem passou pelos arredores da Assembleia Legislativa do Piauí nesta terça-feira (30) notou um clima atípico. O ambiente político, ultimamente apreensivo, foi tomado por um ar de euforia. O motivo: a notícia, divulgada pela jornalista Luísa Martins, da CNN, de que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que a readequação das bancadas federais ao Censo demográfico só valerá a partir de 2030.
A decisão foi tomada após pedido do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), e agradou, em cheio, deputados estaduais e federais de estados que poderiam perder cadeiras, como é o caso do Piauí.
Nos bastidores, parlamentares comemoraram e empolgação era visível. "Foi um respiro", confidenciou, sob condição de anonimato, um suplente atualmente no exercício do mandato. "Tinha jogado a toalha, mas já peguei de volta. Estava negociando minha desistência, mas agora tenho chance real de assumir como pelo menos segundo suplente. Se o tratamento dado aos suplentes estaduais for mantido, não tenho do que reclamar", completou, sorrindo.
A avaliação é de que a decisão do STF reduz a pressão sobre os deputados e torna a eleição “mais barata”. Havia especulações de que, para garantir uma cadeira na Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI), um candidato teria que investir até R$ 20 milhões. Com menos concorrência por vaga e a manutenção da atual composição, o custo tende a cair.