O Banco do Brasil (BBAS3) começou a operar uma nova linha de crédito subsidiada pelo Tesouro Nacional, destinada à renegociação de dívidas de produtores rurais. O programa, que movimenta R$ 12 bilhões, já está disponível para contratação, segundo informou o banco nesta segunda-feira (28).
Desse total, o BB terá acesso a R$ 4,3 bilhões, conforme a divisão feita pelo BNDES entre as 47 instituições financeiras credenciadas a operar os recursos. A linha foi criada para apoiar produtores e cooperativas agropecuárias afetados por eventos climáticos extremos entre 2020 e 2024, que tenham registrado perdas de ao menos 30% da produção.
A medida foi autorizada pela Medida Provisória 1.314/2025 e contempla 1.419 municípios em todo o país que se enquadram nos critérios do programa. Os juros variam de 6% a 10% ao ano, com prazo de pagamento de até nove anos. Os limites de financiamento serão definidos conforme o porte do produtor.
O BNDES será responsável por repassar os recursos aos bancos credenciados, entre eles o Banco do Brasil, que atuará como agente financeiro.
Além da linha subsidiada, o BB também oferece uma segunda modalidade de renegociação, com recursos a taxas livres — ou seja, sem subvenção do Tesouro. Essa operação começou na última terça-feira (21) e deve movimentar R$ 20 bilhões.
Nessa categoria, os juros são mais altos, variando de 16,75% a 17% ao ano nas taxas fixas, com carência de um ano, e valores próximos à Selic nas pós-fixadas. As condições dependem do perfil de risco de cada cliente.
Procurado para informar o volume de operações já aprovadas ou em análise, o Banco do Brasil não divulgou os números até o fechamento desta matéria.