Primeira Mão
Tudo sobre os bastidores da política, em Primeira Mão. Assinada pelos jornalistas Ari Carvalho e Apoliana Oliveira
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página 429 de 665Ex-deputado Tadeu Maia assume Avante: Vamos eleger 3 na capital
Por Arimatéa Carvalho
O ex-deputado estadual Tadeu Maia Filho assumiu o comando do diretório estadual do Avante no Piauí. Ele disse que o foco principal neste ano será a eleição em Teresina, onde o partido pretende eleger três vereadores. O Avante tinha na capital os vereadores Zé Filho e Joninha, mas ambos deixaram a sigla.
Tadeu conta que a chapa de pré-candidatos é muito forte e bem estruturada. Estão nela nomes como o secretário Edu Aguiar (Prodater), Gustavo Senador (presidente do Diretório Municipal), Markim Costa, Moreirão do Povão, ex-vereador Chico Wilson, entre outros.
"No interior do Estado, temos vários grupos que já disseram que ficarão conosco. Nesse momento, por uma questão de sobrevivência política nas eleições de 4 de outubro, eles estão se viabilizando de outras maneiras", afirma Tadeu, que assumiu o comando de fato e de direito na quinta-feira, 26.
Ex-comandante da PM disputará pelo PTB na capital
Por Arimatéa Carvalho
Ex-comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Lídio Filho se filiou ao PTB e será novamente candidato a vereador da capital.
O ato de filiação foi simples, sem público, para evitar aglomerações. Nas eleições de 2016, o coronel Lídio Filho disputou pelo PTC e teve boa votação: 1.826 votos. O PTB, sob a coordenação do ex-senador João Vicente Claudino, quer eleger 3 vereadores na capital neste ano.
Mão Santa libera comércio; Vigilância vai fiscalizar exigências
Por Arimatéa Carvalho
O prefeito de Parnaíba, Mão Santa (DEM), autorizou o funcionamento do comércio a partir de sexta-feira (27), desde que cumpridas medidas de segurança e sem aglomerações.
Pelo decreto, é preciso observar regras de controle e segurança. Equipes da Vigilância Sanitária municipal vão visitar os estabelecimentos comerciais para orientar sobre que exigências precisam ser cumpridas e também fornecer informações aos trabalhadores.
A decisão de Mão Santa segue uma tendência já verificada em diversos outros estados após a fala do presidente Jair Bolsonaro, que defende um isolamento vertical da população (idosos e pessoas com comorbidades).
Na tarde de quinta-feira, o governador Mauro Mendes (DEM), de Mato Grosso, assinou novo decreto permitindo o funciomaneto do comércio no Estado a partir de segunda-feira, dia 30.
Ciro e Júlio superam meta: 513 vereadores se filiaram ao Progressistas
Por Arimatéa Carvalho
O presidente do Progressistas no Piauí, deputado estadual Júlio Arcoverde, conseguiu até a quinta-feira (dia 26) filiar 263 novos vereadores ao partido, elevando o número de parlamentares filiados para 513 no Piauí. "Nossa meta, minha e do senador Ciro Nogueira, era chegar aos 500, mas passamos já nesta quinta", disse.
As filiações estão ocorrendo de maneira virtual, sem necessidade de aglomerações. A data final de filiações é dia 4 de abril e o Progressistas pretende continuar numa curva ascendente de filiações.
Entre os filiados em Teresina está o ex-prefeito da capital Sílvio Mendes, que volta ao Progressistas. Ciro e Júlio elogiaram Sílvio e disseram que é um "honra ter ele de volta ao Progressistas".
João Mádison manda R$ 100 mil para hospital de Corrente
Por Arimatéa Carvalho
O deputado estadual João Mádison (MDB) destinou R$ 100 mil ao Hospital Regional João Pacheco Cavalcante, de Corrente, no Sul do Piauí. O dinheiro é de emenda impositiva do parlamentar, deve chegar ao estabelecimento em abril e servirá para o custeio do hospital, que atende diversos municípios da macrorregião.
"Nessa época de pandemia, temos de reforçar os recursos destinados aos hospitais e Corrente precisa ser olhada com atenção especial", afirma João Mádison.
É hora da sociedade civil organizada pôr mão no bolso e na consciência
Por Sávia Barreto
Tirando uma ou outra lista de doações de empresários correndo em grupos de Whatsapp no Piauí, há um vazio de ação da sociedade civil organizada em meio a quarentena e medidas para combater a disseminação do coronavírus. É hora de entidades jurídicas, médicas, igrejas e centros religiosos, sindicatos, associações patronais e demais instituições da sociedade piauiense colocarem a mão na consciência e no bolso para ajudar através de doações não a Prefeitura de Teresina ou o Governo do Estado, mas ao povo, que tem menos escolaridade e quase nenhuma reserva financeira para aguentar a recessão que virá.
Quem pode mais, contribui com mais. É assim nos países mais desenvolvidos, e é essa a lição que deveríamos aprender. Ressalta-se que os governos têm papel primordial para estancar a crise não só na saúde pública como nas finanças e cobrar atuação das associações em nenhum momento retira a responsabilidade estatal. Quem conhece os cofres do Governo do Estado e da prefeitura de Teresina sabe que sem suporte do Governo Federal e sem o espírito coletivo da sociedade civil para socializar os sacrifícios desse difícil momento que se passa, todos - ricos e pobres - pagarão o preço no final das contas do desemprego e da convulsão social.
SÓ NO WHATS NÃO BASTA
Sabe-se que em alguns países onde o liberalismo é a raiz da vida em sociedade, as entidades civis exercem o papel que o Estado mínimo não foi desenhando para ocupar. Nos Estados Unidos, igrejas e grupos organizados atuam sob o pilar da solidariedade conjunta e autoadministração com a visão de que um coletivo saudável social e economicamente, permite a cada sujeito exercer sua liberdade individual de forma plena. Como exemplo, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou o risco do coronavírus no início da pandemia, milhares de sindicatos e organizações patronais, religiosas e esportivas – mantidas com serviços e doações de seus membros – atuaram para voluntariamente modificar eventos e projetos visando minimizar a disseminação do vírus.
PELO BEM DE TODOS
O Brasil tem outra história política, mas não é pedir demais que nesse momento em que todos precisam se sacrificar, que nossas entidades – das igrejas aos grandes sindicatos e associações comerciais - também assumam algum protagonismo em meio a recomendações contraditórias dos entes governamentais e total cenário de insegurança financeira da população de um país já tão desigual. O mundo precisa ser reconstruído e que a base dele seja desde já a cooperação. Em outras palavras: doar alimentos, kits de limpeza e buscar saber que gargalos se sobressaem na máquina pública não é caridade, é racionalidade.
Oliveira Neto destina R$ 300 mil para hospitais de 5 cidades
Por Arimatéa Carvalho
O deputado estadual Oliveira Neto, do Cidadania, destinou R$ 300 mil de emenda impositiva sua para o combate ao Coronavírus no Piauí, através da compra de equipamentos e material para os hospitais.
O ofício solicitando o recurso financeiro foi assinado na quarta-feira (25) pelo parlamentar. De acordo com o documento, o deputado dividiu o valor entre cinco municípios: Miguel Alves, Barras, Amarante, São Raimundo Nonato, e Teresina.
“R$ 200 mil destinados à compra de Equipamento de Proteção Individual (EPIs) aos profissionais da saúde, sendo direcionado R$ 50 mil ao Hospital Regional Leônidas Melo, em Barras; R$ 50 mil ao Hospital Regional Dr. Francisco Ayres Cavalcante, em Amarante; R$ 50 mil ao Hospital Regional Pedro Vasconcelos, em Miguel Alves; R$ 50 mil ao Hospital Regional Senador Cândido Ferraz, em São Raimundo Nonato”, destacou em ofício enviado ao governador Wellington Dias.
“R$ 100 mil para o Hospital da Policia Militar (HPM), em Teresina, para a compra de equipamentos de respiração, a serem realizados pela Secretaria de Saúde”, acrescentou o parlamentar.
A iniciativa é mais que necessária em virtude do crescimento do número dos casos, que segundo ele em breve poderá chegar aos municípios com pouca estrutura hospitalar, justificou Oliveira Neto.
O presidente da Fundespi, Clemilton Queiroz, comentou que os R$ 50 mil para o hospital de Amarante farão grande diferença e já são comemorados na cidade.
Prédio do Hiper da Frei Serafim pode virar hospital de campanha em THE
Por Sávia Barreto e Arimatea Carvalho
A coluna apurou com fonte da prefeitura de Teresina que o prédio em que funcionava o antigo hipermercado Bom Preço na avenida Frei Serafim, centro da capital, pode virar um hospital de campanha para tratar infectados pelo coronavírus. O hipermecado foi desativado em maio de 2019. Outros estados, como Minas Gerais e são Paulo, já anunciaram a construção de hospitais de campanha.
O prefeito Firmino Filho e técnicos da Prefeitura querem se preparar caso a curva exponencial de infectados se concretize em aumento progressivo, evitando colapsar o sistema público de saúde de Teresina. Dessa forma, ressalta-se a importância de seguir a recomendação das autoridades de saúde para que a população fique em casa e minimize o risco de contágio.
VISITA TÉCNICA JÁ OCORREU
Acompanhado de engenheiros, Firmino realizou visita técnica ao espaço em que funcionava o antigo supermercado “A ideia é fazer um planejamento e, de forma mais rápida possível, transformar um local em Hospital de Campanha para que possamos dar atenção a casos de baixa e média complexidade decorrentes dessa doença. Não queremos que a situação do Coronavírus se agrave em Teresina, mas devemos estar preparados para essa eventualidade”, ressaltou o prefeito Firmino Filho.
EXPERIÊNCIA DE OUTROS PAÍSES
Segundo o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Manoel Moura Neto, a rede de saúde está sendo fortalecida para o enfrentamento ao Coronavírus. “A FMS tem tomado várias medidas administrativas para lidar com a situação. Isso é necessário porque a experiência com outros países e os números nos mostram que pode haver na capital um aumento de casos. A instalação de hospital campanha é mais uma estratégia para estruturar a rede”.
PACIENTES COM QUADRO LEVE
A diretora de assistência hospitalar da FMS, Jesus Mousinho, afirma que o hospital de campanha é para atender pacientes com quadro leve de coronavírus. "Para tanto, teríamos leitos de internação e contaríamos com servidores de saúde. O setor de engenharia da FMS também está elaborando projetos”, finaliza.
Prefeitura de Teresina suspende o prazo para pagamento do IPTU
Por Sávia Barreto e Arimatea Carvalho
Em razão da crise gerada pela pandemia do coronavírus e diante das consequências econômicas e sociais que o necessário isolamento social impõe, a Prefeitura de Teresina está suspendendo o prazo de pagamento do IPTU. A Prefeitura irá remarcar um novo prazo de vencimento do IPTU tão logo passe esta crise.
"No entanto, diante das imensas dificuldades que a crise tem trazido para todos, em especial para as finanças públicas e pensando no bem estar e continuidade dos serviços e ações emergenciais para a cidade e em especial para manutenção das atividades de saúde pública neste momento de extrema gravidade, a Prefeitura ressalta e pede a colaboração e compreensão social e solidária da população no sentido de que quem puder pagar no prazo estipulado seu IPTU que faça o pagamento, pois este gesto ajudará muito para superarmos esta crise", diz nota da Prefeitura.
Aqueles que não puderem pagar o IPTU neste momento, a Prefeitura irá estabelecer um novo prazo de vencimento tão logo tenhamos passado estas dificuldades do momento., sem que haja qualquer prejuízo para o contribuinte. Assim, embora estejam os teresinenses liberados do pagamento do IPTU no prazo de vencimento para o final do mês de março, a Prefeitura reitera o pedido de colaboração àqueles que efetivamente possuem condições de pagar agora.
“No Piauí, vida humana tem valor”, responde WDias a Bolsonaro; análise
Por Sávia Barreto
Primeiro a vida humana, depois a economia. Esse foi o tom do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), em resposta à recomendação do presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento feito em cadeia nacional na noite de terça-feira, 24, de afrouxar a quarentena em todo o país. “Sei que as pessoas nesse momento terão prejuízos de bem materiais, nos negócios, na renda, mas tem algo em primeiro lugar agora, é a vida humana”, respondeu Wellington Dias. Com falas em referência à família e à religiosidade, o governador manteve a postura serena que consagrou sua carreira política sem, contudo, deixar de ser firme na decisão de manter os decretos que determinam fechamento do comércio, fábricas e escolas – exceto serviços essenciais, cancelamento de eventos e recomendação à população de distanciamento social enquanto a Saúde Pública é reforçada no combate ao coronavírus..
Em vídeo lançado nas redes sociais, o governador fala diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, que durante pronunciamento em cadeia nacional voltou a se referir ao coronavírus como "gripezinha", afirmou que o isolamento é exagero, criticou os gestores que optaram por fechar escolas e colocou a culpa na imprensa pelo que chamou de histeria.
ESTRATÉGIA DE EXEMPLIFICAR COM A PRÓPRIA FAMÍLIA
Como todo mundo tem família, Dias utilizou a estratégia discursiva de colocar-se como exemplo para justificar por que o piauiense não deveria ceder à indicação de Bolsonaro para afrouxar as regras da quarentena no Piauí. Dessa forma, o governador oferece ao eleitor mais resistente os argumentos pessoais que faltavam para que mantenha-se em casa, independente de apoiar ou não Bolsonaro.
CITOU OS NETOS PARA FALAR DAS CRIANÇAS COMO GRUPO VULNERÁVEL
“Assisti ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro. Presidente, esses dias eu tive a felicidade, juntamente com a Rejane (Dias, deputada e primeira-dama), de receber dois netos, um casal de gêmeos, Arthur e Ester, e eu não colocaria uma pessoa com essa gripezinha que o senhor fala para cuidar dos meus dois netos, pelo menos conscientemente. Eu recomendaria que essa pessoa ficasse no isolamento social, recomendado pela Ciência”, disse Wellington.
Ou seja, o governador abordou um dos grupos vulneráveis, as crianças, para mostrar que qualquer um que tenha filhos, netos ou sobrinhos em casa estará colocando a vida deles em risco se não seguir o que a classe médica gabaritada no mundo todo tem indicado enquanto não há vacina ou cura ao vírus: isolamento e permanência em casa.
“HISTÓRICO DE ATLETA” NÃO É GARANTIA
Bolsonaro também disse no pronunciamento que por ter "histórico de atleta", "nada sentiria" se contraísse o novo coronavírus ou teria uma “gripezinha ou resfriadinho”. Wellington rebateu o argumento, mais uma vez utilizando a própria história pessoal como exemplo. Médicos afirmam que é impossível prever como seria o quadro de uma infecção em qualquer pessoa, ainda mais uma nova, como a Covid-19, independente do histórico de atividades físicas praticadas anteriormente. A doença também assemelha-se mais a uma pneumonia forte do que a uma gripe nos casos mais graves.
“Da mesma forma eu não faria isso com meus filhos a Daniele, a Iasmin, o Jairo, o Vinícius – que são atletas – aliás, eu e minha esposa também praticamos esportes, mas não gostaria de ser contagiado com o coronavírus. Eu não sei como meu organismo reagiria, eu vejo o que acontece com pessoas de outros países, no meu estado, pessoas que ficam três, quatro semanas em uma UTI”, ponderou Wellington Dias. Mais um argumento que Wellington oferece ao piauiense: mesmo que você pratique esportes, seu organismo pode reagir de modo adverso a um vírus que tem causado estragos em pessoas plenamente saudáveis.
ELOGIO A MANDETTA
Wellington Dias também deixou claro a aprovação pelas ações do ministro da Saúde, Henrique Mandetta. O ministro recomenda cumprimento do distanciamento social nesse momento de curva ascendente dos casos notificados de contaminados pelo vírus no país. Ele tem sido elogiado por governadores e políticos, mas sofrido pressões internas por discordar do discurso padrão no Palácio do Planalto.
“Tive que tomar medidas duras, seguindo orientação do ministro Mandetta, do seu governo, para garantir vagas na UTI para quem precisar. Senhor presidente, não se faz isso por causa de uma gripezinha. Eu seria egoísta se pensasse só na minha família, eu quero pensar no outro, nas 3 milhões e 200 mil pessoas que represento no estado do Piauí”, destacou o governador.
FÉ EM DEUS, FÉ NA CIÊNCIA
“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, a frase emblemática de campanha de Bolsonaro demonstra a união entre fé pessoal e política no núcleo bolsonarista. No entanto, Wellington, que é religioso e cuja esposa é evangélica, traz o raciocínio de que a fé em Deus não é empecilho nenhum para acreditar e cumprir o que os cientistas apontam como o mais correto para preservar a Saúde.Ele diz que é pela "graça de Deus" que a Ciência conhece mais sobre o coronavírus e, por isso mesmo, deve-se obedecer ao que os cientistas indicam.
“Quero acreditar em Deus, sei que é pela graça de Deus que temos uma situação que a Ciência conhece sobre o coronavírus e quero seguir a Ciência e cumprir todo o regramento. Sei que as pessoas nesse momento terão prejuízos de bem materiais, nos negócios, na renda, mas tem algo em primeiro lugar agora, é a vida humana. No Piauí, a vida humana tem valor e vamos fazer isolamento social onde for necessário. Vamos seguir com a Ciência, com Deus no coração e vamos vencer o coronavírus”, finalizou Wellington.