Primeira Mão

Por Sávia Barreto 

Era para ser votado ontem, mas não entrou em pauta na Câmara Municipal de Parnaíba a cessão de um prédio do Estado para o município. No local, funcionará a primeira escola militar do Sesc, uma homenagem ao presidente da República, Jair Bolsonaro. O prefeito Mão Santa tem apoio de 10 dos 17 vereadores de Parnaíba, mas precisa de 12 votos para aprovar o projeto, ou seja, deve convencer nomes da oposição. Além disso, Bolsonaro ainda não informou se aceita seu nome na escola.

A intenção de colocar o nome de Bolsonaro vem do presidente da Fecomércio e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio, Valdeci Cavalcante. Na semana passada houve um desconforto quando foi modificada a avenida Dr. João Silva Filho para João Batista Figueiredo. João Silva, ex-prefeito, é irmão do ex-governador Alberto Silva. Apesar da polêmica sobre homenagear pessoas vivas com o nome de espaços públicos, Valdeci lembra que o Sesc de Luis Correia tem o Centro de Convenções nomeado de Wellington Dias, em referência ao governador piauiense.

Por Sávia Barreto 

O vereador Joaquim do Arroz conversou com o PT, pensou no PSD, mas parece que vai mesmo para o Progressistas, liderado pelo senador Ciro Nogueira, que faz questão de Joaquim na sigla para disputar as eleições 2020 em Teresina. 

O Progressistas vem com uma chapa competitiva e pode eleger de quatro a cinco nomes. Joaquim era filiado ao PRP, mas o partido não atingiu a cláusula de barreira e vai se fundir com o Patriota, que é a da base do prefeito Firmino Filho. O curioso é que Joaquim é de oposição e o Progressistas é aliado de Firmino.

Por Sávia Barreto 

O PT estadual decidiu nesta segunda-feira, 05, por 7 votos a 4, que os 2.500 filiados pelo grupo político do vereador de Teresina, Dudu, não poderão votar nas eleições internas do partido em setembro por não terem realizado o curso de formação obrigatório da sigla. A decisão tem o dedo direto do deputado federal Assis Carvalho (PT), que optou por não responder o adversário Dudu publicamente, mas mostra com gestos que dobra a aposta do vereador e vai levar a disputa pelo comando do diretório estadual até o final. 

Assis Carvalho, que preside o PT atualmente, não participou da reunião pois estava viajando. O grupo do secretário de Administração, Merlong Solano, mesmo ao lado de Assis, votou a favor de Dudu. Mas não foi suficiente. O esperado pelos próprios petistas do lado de Assis ouvidos pela coluna era que houvesse um recuo para diminuir a tensão. Agora, o recurso contra a decisão retorna para a direção nacional do PT, que deve dar um veredicto nos próximos dias. A aguardar a reação de Dudu, a novela do PT segue surpreendente.

Por Sávia Barreto 

A coordenação estadual da tendência interna do PT, Resistência Socialista - do secretário estadual de Administração, Merlong Solano, do ex-vereador Décio e Maurício Solano - se reuniu na semana passada  e decidiu que na reunião da executiva estadual desta segunda-feira, marcada para 17h, vai votar favoravelmente para que os 2500 novos filiados de Teresina tenham direito a votar, em setembro, para escolher o novo presidente da sigla no estado. Ou seja, ponto para o vereador Dudu.

Prêmio para Assis

A perspectiva é que os filiados pelo grupo do vereador Dudu, que disputa a presidência do partido contra o deputado federal Assis Carvalho, participem do processo decisório mesmo sem terem feito o curso de formação obrigatória no partido. A direção nacional do PT devolveu a palavra final do imbróglio para que os petistas piauienses se resolvam. Caso se confirme, o fato deve dar vantagem a Dudu na contagem de votos em Teresina. Mas isso não muda a perspectiva de vitória final de Assis, já consolidada.

Por Arimatéa Carvalho

Em Parnaíba, Mão Santa. Em Picos, o empresário R. Sá. Em Piripiri, o prefeito Luiz Menezes, que está deixando o MDB. O presidente Jair Bolsonaro está construindo uma lista de candidatos para dominar as 6 maiores cidades do Piauí e, com isso, minar o PT no Estado. Claro que ele não conhece os nomes, exceto Mão Santa. Para isso, o presidente estadual do PSL, vereador Luís André, está fazendo as costuras com a missão de fortalecer o partido e enfraquecer o governador Wellington Dias (PT). 

A principal cidade, a capital, no entanto, ainda carece de um nome viável. Uma aposta é o coronel do Exército Nixon Frota, que tem conversando, sim, com Luís André, mas também com outras siglas. Aqui, um registro dele com o senador Elmano Férrer em Brasília, no final de semana.

Em Floriano ainda não há um nome definido e em Campo Maior, a sexta maior cidade do ponto de vista do eleitorado, o ex-prefeito Joãozinho Félix já foi convidado pelo vereador Luís André para ser candidato. O candidato da família Félix deve ser ele mesmo, já que o ex-deputado estadual Antônio Félix, aborrecido, veio embora para Teresina e vai sair candidato a vereador na capital.

Por Arimatéa Carvalho

O vereador Joaquim do Arroz disse que com o teto de 800 votos definido pelo PMN o partido sequer atinge o coeficiente eleitoral de 10% e não consegue eleger nenhum verador ano que vem. A advogada e jornalista Ravenna Castro, do PMN, rebate: "Os candidatos estão conscientes que precisam dobrar suas votações. O que não queremos mais é disputar com tubarões e servir de bucha de canhão", avisa.

Ele é despeitado!

Ravenna Castro avalia que o vereador Joaquim do Arroz, assim como outros vereadores, está despeitado porque os candidatos sem mandato resolveram se unir para competir em pé de igualdade. "Ele mesmo está tendo dificuldade de achar partido", revela. E mais: "O teto aqui vai de 500 a 999", finaliza Ravenna, que espera eleger dois vereadores.

Por Arimatéa Carvalho

O PSTU divulgou nota informando que vai ingressar com ação na Justiça contra a homenagem que será feita ao presidente Jair Bolsonaro em Parnaíba no dia 14 de agosto pelo prefeito Mão Santa e pelo presidente da Fecomércio, advogado Valdeci Cavalcante.

Jair Bolsonaro será homenageado com o nome do colégio militar da Fecomércio. Segundo o IPTU, "as mais recentes ações do prefeito Mão Santa não geram nenhuma surpresa a um observador um pouco mais atento. Se nas últimas três décadas Mão Santa tentava trazer para si a imagem de 'defensor da democracia', agora ele volta às origens políticas de filhote da ditadura civil-militar instaurada em 1964, ao dar nome de uma escola municipal de Parnaíba ao presidente e projeto de ditador Jair Bolsonaro". 

Para o partido, "tal homenagem desrespeita até mesmo a lei que proíbe homenagens deste tipo a pessoas ainda em vida, mas respeitar normas relacionadas aos princípios mais elementares de zelo com a coisa pública também nunca foi preocupação de Mão Santa". 

"Além de ilegal, a nomeação de Bolsonaro em Parnaíba como nome de escola representa um grave ato de apoio político a tudo de mais desprezível que ele representa: racismo, machismo, xenofobia, lgbtfobia, preconceito contra os nordestinos e apologia a tudo que atente contra os direitos humanos e às liberdades democráticas", argumenta o partido.

Sobrou até para o governador Wellington Dias: "O prédio que abrigará a escola foi cedido pelo Governo do Estado (administração Wellington Dias/PT) à Federação do Comércio (Fecomércio) inicialmente para a criação de um curso de idiomas. Mas a entidade, por sua vez, buscou parceria com a prefeitura de Parnaíba para dar continuidade ao vergonhoso e lamentável processo de militarização das escolas impulsionado pelo governo petista". 

"Omisso, Wellington Dias também deve ser responsabilizado caso essa homenagem de Mão Santa e grupos empresariais à Bolsonaro se consolide, em prédio público pertencente ao Estado do Piauí. Diante de tal ameaça, a única coisa que se espera de Wellington é que retome o prédio para o Estado e impeça tal ilegalidade e homenagem ao que deve ser, na verdade, repudiado", afirma.

"Verdade seja dita. Mão Santa, Bolsonaro e Wellington estão no mesmo barco, em favor dos ricos, e contra a classe trabalhadora, apesar de eventuais discursos que aparentem o contrário. Basta ver como tais governos estão empenhados na aprovação da reforma da previdência que representa uma pá de cal no direito à aposentadoria da maior parcela da população", afirma o partido.

"Por último, mesmo não depositando nenhuma confiança na Justiça, o PSTU no Piauí informa que ingressará com ação judicial para busca impedir e ou desfazer nomeação de prédios públicos com nome de pessoas vivas, conforme proibido pela legislação brasileira, como no caso denunciado da escola e mercado público municipal em Parnaíba", conclui.

Por Arimatéa Carvalho

O presidente nacional do PSC, Everaldo Pereira, e o presidente estadual, Valter Alencar, promovem café da manhã com a imprensa e pré-candidatos a vereador em Teresina nesse sábado, às 8h, em conhecido café da capital. "Depois, por volta das 8h45, iremos a Piripiri também fazer filiações no PSC", conta Valter Alencar.

Jorge Lopes, ex-candidato a deputado federal pelo Solidariedade no ano passado e agora no PSC, conta que nomes de peso serão filiados ao partido neste sábado. Mas ele não adiantou nomes ao blog.

Por Sávia Barreto

A chapa do PSDB para disputar a cadeiras na Câmara Municipal de Teresina em 2020 será forte, com políticos experimentados na urna e com um lastro de votos significativos. E um dos nomes que já estão certos para filiação é o vereador Venâncio Cardoso, ainda no Progressistas. Venâncio evitou rivalizar com o presidente estadual do Progressistas, deputado Júlio Arcoverde, que afirmou considerar o filho da deputada estadual Flora Izabel (PT), “carta fora do baralho” do Progressistas.

O BALANÇO DE VENÂNCIO

O balanço de Venâncio é positivo: “Acho que dei minha contribuição ao partido. Na campanha do senador Ciro eu ajudei, me apaixonei de fato pela campanha, foi exitosa. Saio agora com a determinação oficial do partido, grato porque tive a oportunidade de ser candidato pelo e pude ganhar eleição. Saio sem mágoa nenhuma, agora é procurar de fato ser reeleito vereador e ajudar a reeleição do prefeito Firmino”, pontuou o vereador, cujo afastamento com o Progressistas ocorreu por conta da eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Piauí, onde o partido tinha como candidato Hélio Isaías e a mãe de Venâncio, Flora, votou em Themístocles Sampaio (MDB).

FAMÍLIA A PARTE

Ponto curioso: Venâncio vai ser filiado do PSDB, enquanto a mãe é uma petista histórica. PT e PSDB são polos antagônicos da política brasileira, um é centro-direita e o outro é centro-esquerda. O vereador, que acumula o cargo de secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, deixa claro que partidos, partidos, família a parte. “Minha mãe começou a militância dela no movimento estudantil na Universidade Federal no PT e naquele momento meu avô era comandante da polícia do PFL. Lá em casa, a relação é tranquila. Temos visão ideológica diferente sob alguns pontos, mas relação familiar afetiva só está crescendo a cada dia”, sintetizou.

Por Sávia Barreto

O presidente Jair Bolsonaro só pensa em 2022, segundo interlocutores com ponte no Palácio do Planalto. Informação colhida pela coluna aponta que Bolsonaro está interessado em saber quais são os políticos competitivos nas cinco maiores cidades do Piauí para disputar as eleições 2020. 

Conquistando as prefeituras com nomes do PSL, o presidente acredita que pode minar politicamente o governador Wellington Dias, do PT, partido que lhe faz oposição ferrenha. Entre os planos dele está lançar o prefeito de Parnaíba, Mão Santa como governador contra o candidato de Dias na próxima eleição estadual.