Primeira Mão
Tudo sobre os bastidores da política, em Primeira Mão. Assinada pelos jornalistas Ari Carvalho e Apoliana Oliveira
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página 571 de 665Advogado San Martin para o Ibama
Por Arimatéa Carvalho
O advogado San Martin Linhares vai ser indicado para o Ibama pela deputada federal Margarete Coêlho. Ele é irmão do prefeito de José de Freitas, Roger Linhares, que votou em Margarete e é do Progressistas também.
San Martin era da equipe do ex-ministro João Henrique no Conselho Nacional do Sesi e marido da ex-candidata a vice-governadora Vanessa Tapety. Aliás, Vanessa deve sair candidata a vereadora de Teresina pelo Solidariedade.
As indicações para cargos federais estão sendo feitas ao Governo de Jair Bolsonaro, mas ainda não foram formalizadas pelo governo.
O que esperar do encontro dos governadores do Nordeste com Bolsonaro?
Por Sávia Barreto
O que esperar do encontro entre os governadores do Nordeste, incluindo o piauiense Wellington Dias (PT), e o presidente Jair Bolsonaro, esta quarta-feira em Brasília?
Visitas: Bolsonaro foi aos Estados Unidos e a Israel, mas não pisou no Nordeste, região do país onde teve menos votos, e também onde sua rejeição é crescente. Ele deve anunciar uma agenda para estados da região, entre eles o Maranhão e Pernambuco. A previsão é para o final de maio. O Piauí, pela proximidade geográfica - e a depender do resultado da reunião e da interação de Dias com Bolsonaro - pode ser incluído na agenda.
Força-Tarefa: Antes de visitar os estados nordestinos, Bolsonaro quer ter o que mostrar. Conforme noticiou o jornal O Globo, ele já reuniu ministros e pediu foco em ações para a região. Os governadores do Nordeste passam por situação difícil: a região sofre historicamente com baixos índices socioeconômicos – apesar das melhorias nos últimos anos – e com a crise econômica nacional, esse impacto se reflete com mais força nos estados. A recessão no Nordeste é maior que a média brasileira. Os gestores reclamam que as políticas federais para a região estão paralisadas.
Mudança de tom: os governadores do Nordeste atuam como força política de oposição a Bolsonaro. Todos são oposicionistas e ligados a partidos de esquerda. São eles: Paulo Câmara (PSB-PE), Belivaldo Chagas (PSC-SE), Renan Filho (MDB-AL), João Azevedo (PSB-PB), Camilo Santana (PT-CE), Wellington Dias (PT-PI), Flavio Dino (PCdoB-MA), Rui Costa (PT-BA) e Fátima Bezerra (PT-RN).
Dependendo dos investimentos e medidas discutidas com o presidente – sob risco de alguma gafe ou frase mal colocada de Bolsonaro que possa gerar um mal-estar – os governadores podem, pelo menos, diminuir a munição reservada ao Governo Federal. Bolsonaro também precisa diminuir o tom porque precisa dos votos da bancada do Nordeste para aprovar pautas como a reforma da Previdência no Congresso Nacional.
PSD insatisfeito: Georgiano vai se reunir com W.Dias na quarta
Por Sávia Barreto
O deputado estadual Georgiano Neto (PSD) informou ao blog Primeira Mão, que apesar das insatisfações com o espaço do partido no Governo estadual, segue aliado de primeira hora do governador Wellington Dias (PT). Ambos devem se reunir em Brasília na quarta-feira, 08, para buscar uma acomodação que contemple os interesses do PSD no Governo.
A sigla, que tem um deputado estadual e um federal, Júlio César, ficou com a pasta da Agricultura, mas almejava também a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), que ficou com a indicação do progressista Firmino Paulo.
Mainha não aceita cargos no Governo: “Não quero prêmio de consolação”
Por Sávia Barreto
O suplente de deputado federal José Maia Filho, o Mainha, não vai aceitar nenhum cargo no Governo estadual. Mainha informou ao blog Primeira Mão que o Progressistas o deixou à vontade, mas que por uma questão pessoal ele entendeu que assumir qualquer função no Governo seria equivalente a um "prêmio de consolação": "Melhor perder alguma coisa do que a dignidade. Nunca ocupei cargos no Governo, só o que fui eleito", frisou.
"Vamos agora fazer nossa agenda independente. Não vou ficar adversário do governador", pontuou Mainha ao blog, acrescentando ter feito apenas um pedido ao governador: que priorize os reparos na estrada Picos-Itainópolis. "Meu partido votou no Governo e não posso fazer oposição". Ele classificou o imbróglio como uma "desatenção" do governador Wellington Dias (PT) e fez críticas: "O governador não fez um secretariado técnico. É eminentemente político. O secretário de Saúde, por exemplo, Florentino Neto, é advogado e ex-prefeito, assim como eu. Sem desmerecer o Ziza Carvalho, que estava antes na pasta de Meio Ambiente, eu fui gestor e já trabalhei antes na coisa pública".
As opções de Mainha oferecidas pelo governador eram: assumir o cargo de presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Público (CMTP) - que cuida do metrô e terá um acréscimo de R$ 200 milhões para ações, ficar no comando da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Piauí (Agrespi) ou sentar na cadeira de deputado federal no Congresso no final do ano.
Mainha teve mais de 60 mil votos nas última eleição e foi indicado pela direção da sigla para assumir a secretaria Estadual de Meio Ambiente mas teve seu nome vetado por questões políticas ligadas à família, que não apoiou Dias no pleito eleitoral. A indicação no Meio Ambiente ficou com a deputada federal Margarete Coelho, do Progressistas, que indicou a irmã, uma técnica na área, Sádia Castro, para a pasta. Por conta dessa decisão de Wellington, o partido realizou uma reunião na manhã desta segunda-feira, 06, na casa do senador Ciro Nogueira para definir os rumos da sigla.
"A forma como foi colocada não foi correta. Não quero que se passe a impressão de barganha por cargos. Em todo Governo, aqueles que não conseguiram êxito e tiveram votação expressiva, são convidados para participar da gestão. Isso acontece na gestão municipal em Teresina, na federal. Não é indigno", argumentou Mainha, que disse não ter mágoas de Margarete Coelho: "Ela é uma grande aliada. Ela disse que se o partido entregasse os cargos, ela seria a primeira a seguir com o Progressistas".
10 suplentes vão ser chamados para a Assembleia
Por Arimatéa Carvalho
O governador Wellington Dias vai colocar até o 10º suplente de deputado estadual na Assembleia Legislativa. Na gestão anterior, ele chegou a colocar 14. Nessa primeira fase, ficarão como deputados os suplentes B. Sá (Progressista), Warton Lacerda (PT), Cícero (PT), Ziza (PT) e Belê Medeiros (Progressista).
Mas também entrarão Elisângela Moura (PCdoB), João de Deus (PT), Liziê Coelho (MDB), Paulo Martins (PT) e Jove Oliveira (PTB).
Quando a lista for finalizada, o PT terá 9 dos 30 deputados estaduais. Uma super bancada, portanto. Só não serão 10 porque o deputado estadual Fábio Novo deve assumir a Secretaria de Cultura tão logo retorne de viagem.
Após polêmica no Progressistas, Firmino Paulo está próximo do PR
Por Sávia Barreto
O deputado progressista Firmino Paulo ficou bem próximo do PR após iniciar os diálogos para indicar a chefia de uma superintendência da secretaria estadual de Cidades, pasta comandada pelo PR.
Informação pertinente: a janela partidária para mudar de partido sem punição abre em março do ano que vem.
Também vale lembrar que o deputado está com o comando da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) e a superintendência na Cidades, em negociação direta com o governador Wellington Dias (PT) - fato que gerou descontentamento na cúpula do Progressista. O partido queria definir os espaços para cada parlamentar, estratégia frustrada por Dias.
Wellington agradece a Wilson Martins em posse: “Forma dedicada”
Por Sávia Barreto
O discurso do governador Wellington Dias (PT) na posse do novo secretariado teve três tons: dar início à nova gestão de uma vez - após a reforma administrativa, superar divergências e descontentamentos partidários e já começar puxando a orelha dos gestores.
O blog Primeira Mão pinçou a frase do governador que resume tudo: "Temos que estar preparados para trabalhar muito, apanhar muito. E não quero ver ninguém desanimado".
Wellington até surpreendeu aos ouvintes ao declarar agradecimento público ao ex-governador Wilson Martins, antigo aliado e atual opositor: “Queria agradecer ao Wilson Martins pela forma dedicada... Sei pelo preço que o Piauí paga que se não houver compromisso, algo a mais, não é possível".
Ausência: magoado com divisão de secretariado, Assis não vai à posse
Por Sávia Barreto
Quem não foi para a posse do novo secretariado do governador Wllington Dias (PT) foi o deputado federal e presidente estadual do PT, Assis Carvalho. Assis continua achando que o PT, e ele de um modo particular, não teve os espaços justos na divisão do secretariado.
Para um grupo minoritário de petistas, a avaliação feita é que alguns membros do partido foram sim contemplados - mas de modo individual. E que os escolhidos pelo governador são da cota pessoal de Dias e não representam os interesses da legenda coletivamente.
Após morte do marido, Ivana será candidata a prefeita
Por Arimatéa Carvalho
Ivana Fortes foi prefeita do município de Buriti dos Lopes entre 2004 e 2012. Hoje, aliada ao prefeito Júnior Perci (PTB), e diante da morte do marido, o vice Jarbas Fortes, ocorrida em fevereiro, Ivana pretente manter a chama acesa.
Sem partido e fortemente ligada ao ex-governador Zé Filho (PSDB) e ao senador progressista Ciro Nogueira, Ivana lança seu nome à sucessão. Perguntada sobre o impacto disso na relação com o atual prefeito, ela afirma que "ele vai entender".
Progressistas e Dias: governador repete estratégia que fez com PTB
Por Sávia Barreto
O senador Ciro Nogueira (Progressistas) não disse uma grande novidade à imprensa no final da reunião com os parlamentares do Progressistas na manhã desta segunda-feira, 06. Mesmo com a tentativa de colocar panos quentes, ficou perceptível que há um descontentamento do partido com o governador Wellington Dias (PT), mas ninguém vai romper agora. O Progressistas segue aliado do governador, até porque não condicionou o apoio ao Governo W.Dias a cargos.
Sendo assim, a avaliação deste blog é que o senador possa manter daqui para frente uma postura diferenciada, traduzindo: menos amigável do que tem sido nos últimos anos. E mais atenta às articulações para 2022.
As relações estremecidas entre os dois são frutos de ações que cada um tomou: Ciro Nogueira por expor publicamente de maneira precoce a intenção do partido ter candidatura própria em 2022 ao Governo. É direito da sigla, claro, mas dessa forma, choca-se de frente aos interesses do governador em fazer seu sucessor. E Wellington, por sua vez, contribuiu para a situação ao não aceitar a indicação que o Progressistas fez do nome do suplente José Maia Filho, o Mainha, para a pasta de Meio Ambiente.
A avaliação da cúpula Progressista é que o partido ficou com poucas secretarias com recursos em comparação com siglas como o MDB e o PR, por exemplo.
Wellington Dias repete a estratégia que teve com o PTB no passado: tratando direto com as lideranças do partido, enfraquece a cúpula, dando ao comando da sigla menos poder do que dá aos membros individualmente. Até agora, no xadrez político, Dias continua dando xeque-mate.