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Comissão mista do Congresso aprova reajuste de 9% às Forças Armadas

Aumento nos salários dos militares deve impactar R$ 5,3 bilhões em 2026

Militares do Exército em celebração do Dia do Exército | Foto: Hisaac Gomes/Ministério da Defesa
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Uma comissão mista do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (9) a medida provisória que concede reajuste de 9% ao soldo dos militares das Forças Armadas. O aumento contempla ativos, inativos e pensionistas, e foi proposto pelo governo federal ainda em março, com vigência imediata. Para se tornar lei em definitivo, a medida ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até agosto.

O reajuste é dividido em duas parcelas: a primeira já começou a valer em abril, e a segunda, de 4,5%, está prevista para janeiro de 2026. Com a mudança, o menor soldo sobe de R$ 1.078 para R$ 1.177. Já os salários das patentes mais altas passam de R$ 13.471 para R$ 14.711.

Custo bilionário e críticas internas

Segundo o Palácio do Planalto, o impacto da medida será de R$ 3 bilhões em 2025 e R$ 5,3 bilhões no ano seguinte, beneficiando cerca de 740 mil pessoas. O reajuste segue o mesmo percentual concedido a outros servidores públicos federais e tem como objetivo reduzir a defasagem provocada pela inflação acumulada nos últimos anos.

Apesar disso, representantes das Forças Armadas esperavam um aumento maior, chegando a sugerir 18% nas negociações. O relator da medida, deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), admitiu que tentou ampliar o percentual, mas esbarrou na falta de recursos no orçamento federal.

“Não dá. Eu queria muito, mas não dá. O orçamento não comporta”, afirmou Pazuello ao portal g1.

Próximos passos no Congresso

Com a aprovação na comissão mista, a medida provisória segue agora para votação no plenário da Câmara dos Deputados e, depois, do Senado Federal. Caso não seja votada até agosto, perde validade. O texto aprovado pela comissão não sofreu alterações no percentual proposto inicialmente pelo governo.

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