Congresso empurra votação da MP dos Ministérios para penúltimo dia

União Brasil, Republicanos, PL e PP já demonstraram ser contra o texto

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Congresso deixa votação da medida provisória para penúltimo dia | Elaine Menke/Câmara dos Deputados
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A Câmara dos Deputados deixou para esta quarta-feira (31) a votação da medida provisória que reestrutura os ofícios ministeriais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O documento, editado pelo presidente em janeiro, criou novas pastas administrativas e redistribuiu órgãos e atribuições entre ministérios. Além disso, o documento passou por diversas alterações enquanto estava sendo analisado por congressistas.

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MPs entram em vigor logo após serem sancionadas. Mas se não forem aprovadas em até 120 dias pelo Congresso, perdem a validade. No caso desta, o prazo se encerra à meia-noite de amanhã (01/06).

Se o texto não obtiver a quantidade de votos necessária para ser aprovada tanto na Câmara quanto no Senado, os ministérios criados por Lula - como é o caso do Ministério dos Povos Indígenas e do Ministério da Igualdade Racial - deixam de existir, e a estrutura da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) volta a ser seguida.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a plenária de votação da MP não ocorreu na última terça-feira em decorrência do horário avançado.

"Pelo adiantado da hora e depois de uma longa reunião com todos os líderes da Casa, a votação da MP 1154 fica para amanhã no horário da manhã. O painel vai estar aberto a partir das 9h. Com votação a partir das 11h", afirmou.

Porém, segundo avaliações internas, se o documento fosse pautado na terça, correria risco de não ser aprovado pelos parlamentares.

Ao longo do dia, o União Brasil - sigla que colheu três ministérios no governo atual - afirmou ser contra a medida provisória. Junto a ele, outros partidos de centro-direita e de direita, como o Partido Lideral (PL), o Republicanos e o Progressistas (PP).

Considerando os comentários dos parlamentares, há um clima de insatisfação com o governo petista e que até deputados aliados assumiram que o Executivo está com dificuldades na articulação.

"Foi uma conversa franca", disse um líder.

Derrota

Na última quarta-feira (24), o Planalto não obteve êxito na comissão mista que analisa a MP no Congresso.

Tanto deputados quanto senadores ratificaram o parecer do relator, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), com modificação que enfraquecem as pastas comandadas por Marina Silva (Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas - MMA) e por Sônia Guajajara (Ministério dos Povos Indígenas - MPI).

Dentre as alterações no texto, estão:



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