O senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Congresso Nacional, oficializou nesta terça (17) a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar suspeitas de fraudes e desvios no Instituto Nacional da Previdência Social. A leitura do requerimento no plenário marca a instalação formal da comissão, que aguarda agora a publicação no Diário do Congresso Nacional.
Composição
A CPMI será composta por 15 deputados e 15 senadores, respeitando a proporcionalidade partidária das duas Casas. O requerimento que deu origem ao colegiado foi assinado por 44 senadores e 249 deputados, em uma articulação liderada pela oposição, que vê na comissão a chance de expor fragilidades do governo do presidente Lula (PT) e, com isso, capitalizar politicamente.
Estratégia
Inicialmente contrária à instalação da CPI, a base governista passou a adotar uma postura pragmática diante da inevitabilidade da comissão. Agora, o Palácio do Planalto articula para reduzir os danos, apostando na indicação de nomes experientes para os principais cargos do colegiado e buscando influência sobre os rumos da investigação.
Aziz
Davi Alcolumbre já começou a atuar nos bastidores para consolidar o nome do senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente da CPMI. “É o meu candidato”, afirmou Alcolumbre ao g1. Apesar disso, Aziz, atual vice-líder do governo no Congresso e ex-presidente da CPI da Covid, evita confirmar o comando da comissão.
Relator
A relatoria deve ficar com um deputado federal, mas o nome ainda não foi fechado. Segundo aliados de Alcolumbre, a tendência é que o relator não seja vinculado diretamente ao governo. Em reunião com oposicionistas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que o relator pode ter perfil mais independente ou até mesmo crítico ao Planalto. (Com informações do G1)