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Conheça o prefeito que deixou a cidade com dívida até com funerária

Descubra o que aconteceu em São Luiz durante a gestão de James Batista: obras inacabadas, dívidas milionárias e investigações. Saiba mais sobre o caso e seus desdobramentos.

Conheça o prefeito que deixou a cidade com dívida até com funerária | Foto: Reprodução
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Durante o mandato de James Batista (SD), que administrou o município de São Luiz, no Sul de Roraima, entre 2021 e 2024, a cidade recebeu uma quantia recorde de mais de R$ 103 milhões em emendas parlamentares federais e estaduais. Apesar do volume histórico de recursos, a gestão do ex-prefeito deixou para trás um rastro de obras inacabadas, dívidas milionárias e investigações por irregularidades.

Entre os empreendimentos iniciados e jamais finalizados estão uma escola municipal, um posto de saúde, uma praça pública, um parque de vaquejada, um conjunto habitacional e um imenso portal de concreto de 26 metros na entrada da cidade, orçado em R$ 2,16 milhões. Nenhuma dessas obras, com prazos de entrega previstos para 2022, foi concluída até julho de 2024. O custo total das construções paradas chega a cerca de R$ 36 milhões.

James foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) durante o mandato, mas recorreu e permaneceu no cargo até o fim de 2024. Durante seu governo, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), São Luiz recebeu quase R$ 100 milhões em emendas federais via PIX, além de R$ 3,5 milhões em emendas estaduais, segundo a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Isso representa, proporcionalmente, mais de R$ 14 mil por habitante, considerando os 7.315 moradores da cidade, segundo o Censo 2022.

Apesar do repasse bilionário, a atual gestão afirma ter herdado uma dívida superior a R$ 38 milhões, o que representa 74% do orçamento sancionado para 2025, estimado em R$ 51,9 milhões. Entre as pendências estão débitos com fornecedores básicos, como uma funerária local.

O ex-prefeito James Batista foi procurado pela reportagem, mas não respondeu aos questionamentos até a publicação.

O atual prefeito, Chicão (PP), decretou estado de calamidade financeira em janeiro deste ano, válido até o fim de julho. No entanto, ele também passou a ser investigado pelo Ministério Público de Contas (MPC) por suspeitas de desvio de mais de R$ 7,4 milhões em contratos com empresas de fachada. O MPC já pediu seu afastamento imediato à Justiça.

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