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Deputado ataca o Nordeste: “O Maranhão é uma b***a”; baianos foram detonados

Ao comparar estados brasileiros, o parlamentar adotou um discurso considerado xenofóbico e ofensivo, especialmente ao tratar das diferenças regionais entre o Sul e o Nordeste do país.

Paulo Bilynskyj deu as declarações xenofóbicas no podcast 3 Irmãos. | Foto: Reprodução
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O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL) protagonizou uma série de declarações controversas durante participação no podcast 3 Irmãos. Ao comparar estados brasileiros, o parlamentar adotou um discurso considerado xenofóbico e ofensivo, especialmente ao tratar das diferenças regionais entre o Sul e o Nordeste do país.


COMPARAÇÕES | ATAQUE AO MARANHÃO

Durante a conversa, Bilynskyj afirmou que a diversidade territorial do Brasil seria um problema para a elaboração de políticas públicas e usou Santa Catarina e o Maranhão como exemplos extremos. O deputado defendeu maior autonomia legislativa para estados que, segundo ele, seriam mais “homogêneos”.

“A extensão territorial brasileira gera muita heterogeneidade, esse é o problema. Então você pode ver, por exemplo, que Santa Catarina é extremamente homogêneo, né? Por ser extremamente homogêneo, se Santa Catarina tivesse mais liberdade para legislar, você teria leis muito melhores para aquele estado. Agora compara Santa Catarina com o Maranhão. Compara: é o mesmo país? Dá para comparar? Não dá, né. No Maranhão, uma bosta. Como você vai comparar com Santa Catarina?”, afirmou.


GAFE | CONFUSÃO HISTÓRICA

Além do tom agressivo, o parlamentar também cometeu um erro histórico ao comentar sobre a formação dos estados brasileiros, confundindo cidade e unidade federativa ao falar sobre a antiguidade da Bahia.

“Qual que é o estado mais antigo do Brasil? Salvador, né? A Bahia, Bahia, Bahia — desculpa, Bahia, exato. Santa Catarina é mais recente, né. Então tem outros elementos aí, né?”


IDEOLOGIA | CRÍTICAS À BAHIA

Na sequência, Bilynskyj atribuiu o que considera problemas estruturais da Bahia a uma suposta hegemonia da esquerda, desconsiderando períodos marcados por lideranças conservadoras no estado, como o longo domínio político de Antônio Carlos Magalhães.

“O problema da Bahia é que é um estado historicamente de esquerda”, declarou.

Ele seguiu defendendo uma mudança radical no pacto federativo e voltou a criticar a relação entre regiões do país:

“Ele nunca fez o salto cognitivo de dizer assim: ‘porra, a esquerda só fode a gente mesmo, vamos fazer um salto à direita, entendeu? Ou a gente aumenta as atribuições dos estados e diminui as atribuições da União, ou você vai continuar tendo um Brasil em que o Sul e o Sudeste sustentam o Norte e o Nordeste ad eternum”, encerrou.  

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