Deputado do PMDB negociou com acusado de chefiar esquema

Itamar é o terceiro deputado estadual que aparece em conversas com Scamatti nos grampos da polícia

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Escutas telefônicas com autorização judicial mostram intensa comunicação entre o deputado estadual Itamar Borges (PMDB) e o empreiteiro Olívio Scamatti, acusado de chefiar a Máfia do Asfalto no interior paulista. Um dos grampos sugere que uma secretária do parlamentar chegou a ligar para o empreiteiro a fim de perguntar se ele poderia esperar por uma emenda. Itamar é o terceiro deputado estadual que aparece em conversas com Scamatti nos grampos da polícia, e é o que conversava com mais frequência com o acusado. Foram flagrados também Roque Barbiere (PTB) e Carlão Pignatari (PSDB). Oito deputados federais de vários partidos (PT, PSDB, PSC, PRB e PC do B) caíram nos grampos ou foram citados por acusados de integrar o esquema.

As conversas de Itamar com Scamatti ocorreram entre 2008 e 2013. Os assuntos são variados: em uma ocasião, Itamar liga para o empreiteiro para avisá-lo de que este esquecera um envelope com um edital. Em outra, ainda prefeito de Santa Fé do Sul (SP), em 2008, negocia com Scamatti o pagamento de um loteamento. O deputado também pede ao empreiteiro que empregue uma pessoa. Assim como os outros parlamentares citados no âmbito da Operação Fratelli, da Polícia Federal, Itamar não é alvo da investigação, porque dispõe de foro privilegiado. Borges alegou que recebe "pedidos de várias pessoas para destinar emendas a entidades sociais e filantrópicas da sua região". ?O Sr. Olívio foi uma dessas pessoas que me solicitaram ajuda para uma entidade social de Votuporanga chamada Recanto Tia Marlene, e pediu para a Santa Casa de Misericórdia da cidade", afirmou.



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