Júlio Cesar quer instaurar CPI sobre companhias aéreas

“Eu viajo de avião a mais de 40 anos, e nunca vi preços tão altos!”, disse o deputado

Para o deputado Júlio César, os preços cobrados pelas companhias aéreas são | Andrê Nascimento
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O deputado federal do Piauí Júlio César (DEM) afirmou ao meionorte.com que quer instaurar uma CPI para investigar as companhias aéreas brasileiras. Para ele, os preços cobrados pelas passagens aéreas compradas de última hora são ?extremamente abusivos?. ?Eu viajo de avião a mais de 40 anos, e nunca vi preços tão altos!?, disse.

Um exemplo exposto pelo deputado foi o de uma passagem de Teresina para Fortaleza, que pode sair por mais de R$ 2000. O aluguel de táxi aéreo, que pode ser divido seis ou mais pessoas, custa de 6 a 7 mil reais, o que sairia mais em conta. As companhias de aviação alegam que 16% das passagens são vendidas por menos de R$ 100, em promoções e compras adiantadas, o que é contestado pelo deputado.

?Só 16%. E o resto das passagens, é vendida por quanto¿ Isso quer dizer também que, por exemplo, se eu adoecer, e tiver que ir até São Paulo, vou ter que pagar R$ 7 mil. Nós temos que nos programar até para adoecer, e comprar adiantado!?, disse ele.

O deputado disse que uma audiência com líderes do setor, como representantes da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e das maiores companhias aéreas brasileiras, onde o assunto foi discutido. Outro dos motivos apontados pelas empresas foi o preço do combustível, também contestado por Júlio César. ?O preço do querosene, que é combustível de jato, foi mostrado nesta audiência como sendo R$ 2,69. É o mesmo preço da gasolina?, argumentou o deputado.

A suspeita de Júlio Cesar é de que esteja havendo um monopólio por parte das duas empresas líderes do setor no Piauí, a TAM e a Gol. ?Se surge uma rota de Parnaíba para Teresina, por exemplo, por uma empresa menor, elas baixam muito o preço da passagem. Quando não, essas empresas estão matando ou comprando todas as menores que aparecem?, afirmou. Abusos cometidos pelas companhias, como atrasos e falta de assistência aos passageiros, também podem ser discutidos na CPI.

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