Dilma defende estímulo à indústria e critica “austeridade compulsiva”

Ela criticou as políticas fiscais e as medidas de austeridade adotadas pelos europeus.

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A presidente Dilma Rousseff reforçou na noite de ontem em evento com empresários em São Paulo que o Brasil está lidando com a crise financeira global melhor do que outros países combinando responsabilidade fiscal, estímulo à produção e emprego.

Ela criticou as políticas fiscais e as medidas de austeridade adotadas pelos europeus para fazer frente a um "cenário econômico turbulento", dizendo que os países desenvolvidos não conseguiram oferecer até o momento uma resposta adequada à crise.

"A opção por políticas fiscais ortodoxas e ao mesmo tempo a opção por uma austeridade compulsiva têm produzido mais recessão e mais desemprego", afirmou a presidente.

"É inegável que a crise nos afeta, mas combinando responsabilidade fiscal, com estímulo à produção e emprego, nós, sem sombra de dúvidas, temos nos saído melhor que muitos países."

A previsão do governo é que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresça 2% neste ano, acima da expectativa do mercado, que prevê crescimento de 1,57% para 2012 e de 4% para 2013. O governo iniciou o ano projetando crescimento de 4,5%.

"Nossa economia vai continuar crescendo, agora em ritmo menor, mas sem dúvida mostra sinais de recuperação", afirmou a presidente.

Sobre o câmbio, Dilma afirmou que "não existe nada mais mortal para a competição do que uma taxa de câmbio desvalorizada."

"E ninguém vai acreditar aqui que mexer no valor da moeda de forma artificial não seja um dos melhores mecanismos de assegurar uma competitividade artificial em relação a outros produtos."

Dilma também afirmou que a relação entre câmbio e juros está melhor equilibrada, "uma vez que o câmbio, hoje, se encontra num patamar mais adequado do que no passado e a mesmo tempo a taxa básica de juros está num nível mais baixo da nossa história, o que traz enormes benefícios ao "investimento produtivo, à gestão fiscal e também evita a arbitragem."

ENERGIA

Dilma também citou a redução das tarifas de energia elétrica e defendeu a renovação das concessões do setor.

O governo anunciou no mês passado um plano de redução média das tarifas de energia para os consumidores a partir do ano que vem, condicionando a renovação antecipada das concessões ao desconto, nas tarifas, dos investimentos já amortizados.

"Eu queria enfatizar uma questão, até porque tem sido distorcida de uma forma incorreta. O meu governo tem adotado de forma absolutamente escrupulosa, e eu diria para os senhores, obsessiva, o respeito a contratos", disse a presidente.

Dilma afirmou que uma grande questão que precisará ser discutida após as eleições municipais é para onde serão destinados os recursos do gás e do petróleo, tanto em relação aos royalties como o fundo social aprovado.

Mais cedo, Dilma participou pela primeira vez do comício de um aliado na eleição municipal deste ano. No palanque do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ela disse que estava "metendo o bico" na disputa eleitoral paulistana ao pedir votos para o seu ex-ministro da Educação.



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