Dinheiro marcado pela PF não está em quantia apreendida no DF

O mensalão do governo do Distrito Federal

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O governador José Roberto Arruda | d
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Agentes da Polícia Federal (PF) concluíram nesta sexta-feira a análise que vinha sendo feita nos R$ 700 mil apreendidos na semana passada quando foi deflagrada a Operação Caixa de Pandora, que investiga um suposto mensalão operado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). A expectativa dos responsáveis pela investigação era de achar entre o dinheiro apreendido os R$ 400 mil que foram marcados pela PF quando o governador os repassou a seu ex-secretário e delator do esquema, Durval Barbosa, mas isso não aconteceu.

Desta forma, além dos R$ 700 mil apreendidos nas residências de pessoas supostamente envolvidas no esquema, como deputados distritais, ainda resta saber onde estão os R$ 400 mil que foram marcados pela polícia e que devem ter sido distribuídos a supostos beneficiários do esquema corrupto.

Hoje, a PF concluiu a primeira etapa de análise em boa parte do material apreendido no dia 27 de novembro. Nesta etapa, os agentes catalogaram tudo o que foi apreendido para dar início a uma fase de perícia.

A polícia afirmou que tem mais de 50 vídeos que serão periciados - entre os feitos pela própria PF e os repassados por Durval - e disse que a suposta imagem em que o ex-secretário de Arruda aparece conversando com o empresário Alcir Colaço e falando o nome de membros do PMDB não está em posse dos investigadores.

Entenda o caso

O mensalão do governo do Distrito Federal, cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.



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