Diante da possibilidade de não poder disputar a presidência em 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou neste sábado (21) que torce para que sua esposa, Michelle Bolsonaro, assuma a candidatura. No entanto, ressaltou que uma eleição sem sua participação seria, em suas palavras, “uma negação à democracia”.
A declaração foi feita após Bolsonaro passar por exames médicos em Brasília. Segundo sua assessoria, os procedimentos já estavam previamente agendados. O ex-presidente passou mal durante compromissos em Goiânia, na sexta-feira (20).
Questionado pela imprensa sobre quem poderia substituí-lo em uma eventual candidatura — o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ou Michelle Bolsonaro —, Bolsonaro respondeu: “Eu torço pela Michelle, ela é a primeira a falar entre nós três. A primeira a falar vai ser ela”.
Bolsonaro também comentou as investigações sobre a suposta Abin paralela, acusada de espionagem ilegal de autoridades, classificando o caso como “mais uma narrativa” com o objetivo de retirá-lo da disputa eleitoral em 2026. Além disso, o ex-presidente voltou a defender seu direito de participar das próximas eleições.
Eleições ano que vem, pelo que tem até agora posto na mesa, sem Jair Bolsonaro, é uma negação à democracia. [...] Nós podemos admitir que meia dúzia de burocratas decidam quem vai ser ou não ser candidato?, disse, na porta do hospital.
DECISÃO DO TSE
Em 2023, o TSE tornou Jair Bolsonaro inelegível por oito anos por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, após reunião com embaixadores em 2022 para atacar o sistema eleitoral. Ele também foi condenado por abuso de poder político e econômico nas comemorações do 7 de Setembro, durante a campanha eleitoral.