Raquel Dodge:'Fake news não convêm ao eleitor e nem à democracia'

\“Ele [eleitor] tudo pode, mas nem tudo convém\”, ressaltou.

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta quinta-feira (18) que a disseminação de conteúdo falso nas redes sociais não convém à democracia nem ao eleitor.

Raquel Dodge se reuniu com procuradores eleitorais e os advogados das campanhas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) para discutir a atuação do Ministério Público na disputa eleitoral.

Ao citar uma frase bíblica do apóstolo Paulo, Raquel Dodge disse que eleitor tudo pode, mas nem tudo convém.

"Não é qualquer uso que se dê a essa liberdade de expressão e de manifestação que convém à democracia. Mas apenas aquela que dissemina as verdades, propostas", afirmou.

"Construir a democracia no Brasil é elaborar proposta de campanha, todas elas destinadas conquistar a vontade do eleitor. E o eleitor, nessa parte, é o ator principal. Ele tudo pode, mas nem tudo convém. As 'fake news', certamente, não convêm ao eleitor e nem à democracia", completou.

No início do encontro, a procuradora-geral esclareceu que uma das funções do órgão no processo eleitoral é resguardar a liberdade do eleitor em expressar suas convicções políticas, de modo a garantir que sua vontade na escolha do voto seja respeitada.

"Numa democracia, não pode haver censura. Mas é preciso também não haja abuso, não haja ilícito, no modo como as pessoas se expressam, no modo como elas convencem os demais vizinhos, eleitores, apoiando determinado candidato. E também não pode haver uma cooptação viciada da vontade eleitoral", disse.

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