Ex-BBB Serginho, candidato a vereador, diz não ter “rabo preso”

O candidato também explicou suas propostas e prometeu lutar pela criminalização da homofobia.

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Serginho ficou conhecido nacionalmente após sua participação no programa BBB, em 2010. Com o discurso de defender a bandeira gay, ele agora será candidato a vereador em São Paulo pelo PSD, partido do prefeito Gilberto Kassab.

Em entrevista ao Portal da Band, Serginho afirmou que se prepara para a disputa do cargo e que não deseja ser conhecido como ?Serginho do BBB ou Orgastic Desire?. O candidato também explicou suas propostas e prometeu lutar pela criminalização da homofobia.

Serginho alegou que existem muitos políticos homofóbicos e que sua missão será unir a classe gay para poder aprovar suas propostas. Serginho disse ainda que não tem ?rabo preso? na política e que não pensa em ser puxador de votos no PSD, apesar do grande número de seguidores no Twitter.

Confira a entrevista:

Por que você tomou a decisão de sair candidato a vereador em São Paulo pelo PSD? Houve convite ou você se filiou ao partido por vontade própria?

A decisão foi tomada depois de conhecer as plataformas políticas dos outros partidos. Verifique que o PSD estava mais ligado aos projetos que tenho em mente, principalmente com relação ao apoio para criminalização da homofobia. Tive o convite de vários partidos antes de me filiar ao PSD.

Em São Paulo, temos muitos candidatos que defendem a ?bandeira gay?. Como você espera tratar do tema em sua campanha?

Não basta apenas levantar a bandeira gay, uma andorinha não faz o verão, o que se faz necessário, primeiramente, é a união de toda classe LBGT, pois somos mais de 30 milhões. Somos capazes de eleger centenas de vereadores, eleger a maioria dos deputados federais e estaduais e senadores. A classe ainda não sabe o poder que tem na mão para fazer valer os seus direitos e projetos, quero consolidar essa união dos gays na minha campanha.

Você acredita que os gays precisam de uma atuação mais ativa na política?

Não resta qualquer dúvida da necessidade de autuação dos gays na política, como vereadores, deputados e senadores, para representarem a classe LGBT. Será a pedra fundamental na defesa dos direitos dos gays, pois o governante somente consegue governar tendo a maioria. Os projetos e as reivindicações feitas pela nossa classe somente serão aprovadas também se tivermos o quórum a nosso favor.

Você já tem algum slogan, jingle ou frase que pretende adotar em sua campanha para atrair votos? Aproveitando o tema, você tem um número considerável de seguidores em redes sociais, como o Twitter. Espera que sua campanha atraia votos pela internet?

A frase que irei usar em minha campanha será baseada em igualdade de direitos universais, não somente igualdade entre homossexuais e heterossexuais, mas também na união da classe LGBT para fortalecimento nas nossas reivindicações. Quanto aos meus seguidores, tenho a vantagem de ter 430 mil em meu Twitter, o que realmente deve atrair votos para a minha campanha, entretanto não quero me valer da posição de ser conhecido como Serginho do BBB e Orgastic Desire, quero que os eleitores analisem as minhas propostas e através delas decidam o seu voto.

Seu partido, o PSD, faz base da aliança de apoio à candidatura de José Serra (PSDB). O candidato do PT, Fernando Haddad, recebeu muitas críticas quando ministro da Educação por elaborar o ?kit gay? para combater a homofobia nas escolas. Você é a favor do kit?

Não tenho o conhecimento do conteúdo de todo o ?kit gay?, entretanto, para se combater a homofobia nas escolas, sou a favor de uma orientação sexual adequada, compreensível, que esclareça as crianças da existência da homossexualidade, que não é uma opção, que é nata do próprio indivíduo, conforme o Conselho Federal de Psicologia, que deixou de considerar a homossexualidade um desvio sexual, afirmando que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão, ou seja ?é um terceiro sexo?.

Em 2010, Tiririca na campanha para deputado federal se elegeu com votação recorde ao colocar o slogan de que ?você sabe o que faz um deputado? Não? Nem eu!?. Como você chega à disputa para a vaga de vereador em São Paulo? Está preparado para as responsabilidades do cargo?

Como já disse em outras entrevistas, nunca pensei em ser político. Estou me preparando e elegendo uma assessoria para apresentar os meus projetos, pois com o passar dos anos percebi que as reivindicações da classe LGBT dificilmente eram aprovadas, visto a existência do grande número de homofóbicos entre os políticos, alguns contrários por conveniência para agradar os seus eleitores, outros por desconhecerem o que realmente é a homossexualidade.

Muitos analistas políticos dizem que hoje as ?Eleições se tornaram um circo com a entrada de famosos para serem puxadores de votos?. Qual a sua opinião sobre o tema?

Realmente já ouvi o comentário a respeito do fato. Têm muitas pessoas que me perguntaram se eu entrei no PSD para puxar votos. É certo que se eu tiver uma votação expressiva beneficiarei algum outro candidato, entretanto, não entrei na política para puxar votos. Os meus projetos são firmes, concretos e serão realizados. Além do povão, a classe LGBT será beneficiada, pois vou entrar na briga para ganhar, não tenho rabo preso com ninguém, se na Câmara Municipal precisarem do meu voto e do meu apoio em outros projetos de outros vereadores, terão também que apoiar as minhas reivindicações e os meus projetos.



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