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Fisioterapia, analgésicos e prevenção de trombose: Bolsonaro entra em pós-operatório

Ex-presidente passou por cirurgia em hérnia inguinal bilateral; equipe adiou decisão sobre bloqueio do nervo frênico para conter soluços

Jair Bolsonaro | Foto: Ton Molina/STF
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O ex-presidente Jair Bolsonaro está em período de pós-operatório após a cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral, realizada nesta quinta-feira no hospital DF Star, em Brasília. Segundo a equipe médica, a recuperação envolve uso de analgésicos, fisioterapia para mobilização precoce e cuidados para prevenir complicações, como trombose venosa profunda e problemas respiratórios.

Detalhes da cirurgia

O procedimento começou por volta das 9h15 e foi concluído pouco antes das 13h, com duração aproximada de três horas e meia. De acordo com os médicos, a cirurgia transcorreu sem intercorrências e foi realizada sob anestesia geral.

Objetivo do procedimento

A intervenção teve como finalidade reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a musculatura da região da virilha, área afetada pelo enfraquecimento da parede abdominal típico da hérnia inguinal. Embora classificada como eletiva, a cirurgia foi indicada para evitar agravamento do quadro e possíveis complicações, sobretudo por se tratar de hérnia bilateral.

Recuperação

Após o procedimento, Bolsonaro foi encaminhado diretamente ao quarto, sem necessidade de internação em UTI. Ele permaneceu acordado, comunicativo e sob monitoramento contínuo da equipe médica.

A previsão é de cinco a sete dias de internação, período destinado ao controle da dor, acompanhamento clínico diário e início gradual da mobilização, considerada essencial para prevenir eventos trombóticos e complicações respiratórias.

A fisioterapia deve começar nos próximos dias, com foco na recuperação funcional e na mobilização precoce. O ex-presidente seguirá sob vigilância clínica contínua, com atenção a sinais de possíveis intercorrências.

Avaliação de novo procedimento

Paralelamente, os médicos avaliam a necessidade de um novo procedimento para tratar as crises de soluços persistentes relatadas por Bolsonaro. Inicialmente, foi considerada a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico, mas a equipe optou por uma conduta conservadora neste momento.

Tratamento clínico

A estratégia atual inclui intensificação do tratamento medicamentoso, ajustes na dieta e observação da evolução clínica. A necessidade de intervenção invasiva será reavaliada nos próximos dias, possivelmente na próxima semana.

Internação autorizada pelo STF

Bolsonaro foi internado na quarta-feira para exames e preparo pré-operatório. A hospitalização foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após laudo da Polícia Federal apontar a necessidade da cirurgia. Segundo o ministro, a autorização não interfere na execução da pena imposta ao ex-presidente.

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