O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (5) que a publicação de um vídeo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), feita por ele nas redes sociais, não foi solicitada pelo pai nem teve como objetivo driblar as medidas cautelares impostas a Bolsonaro.
"Fui eu que postei, não foi o presidente Jair Bolsonaro que pediu para eu postar, para burlar qualquer medida cautelar, para indiretamente usar a rede de terceiros para se promover, não", disse Flávio.
Na segunda (4), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprir a proibição de usar redes sociais, incluindo por terceiros. A medida vale desde julho.
O ministro considerou que Bolsonaro violou a ordem ao gravar vídeo divulgado por aliados em manifestações. Entre os casos citados está a publicação do senador Flávio Bolsonaro, que compartilhou e depois apagou um vídeo do pai durante atos pró-anistia no domingo (3).
Em coletiva nesta terça (5), Flávio Bolsonaro afirmou ter direito de postar nas redes sociais como cidadão e disse não imaginar que isso violaria uma ordem judicial. Ele criticou a prisão preventiva determinada por Moraes, chamando-a de "barbaridade".
"Quando faço uma mensagem com vídeo do Jair Bolsonaro, simplesmente, agradecendo às pessoas que estavam em Copacabana, obviamente eu sou um cidadão brasileiro – por acaso, estou senador da República — portanto, eu teria o direito de postar o que quisesse nas minhas redes", disse Flávio, em coletiva de imprensa no Congresso.
"Uma vez que medida cautelar dizia respeito a ele não falar sobre o processo dele. Foi o que fiz, com a convicção, de que obviamente, na cabeça de qualquer pessoa normal, que não traria problema nenhum. Porque fui eu que postei, não foi o presidente Jair Bolsonaro que pediu para eu postar, para burlar qualquer medida cautelar, para indiretamente usar a rede de terceiros para se promover, não", destacou.
"Eu tenho minhas redes sociais próprias postei por minha convicção, de não achar que tem absolutamente nada que confronte essa medida cautelar ilegal do Alexandre de Moraes", prosseguiu o senador.