O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira (6) um conjunto de medidas para reduzir o preço dos alimentos. Entre as ações, está a isenção da tarifa de importação para itens como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva.
Segundo Alckmin, as medidas entrarão em vigor nos próximos dias. Ele destacou que "o governo está abrindo mão de impostos para contribuir com a redução dos preços".
O anúncio foi feito após uma reunião no Palácio do Planalto entre o presidente, ministros e empresários do setor de alimentos e abastecimento.
Outras iniciativas incluem:
Aceleração do SISBI-POA
O governo planeja expandir o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), permitindo que alimentos como leite, mel, ovos e carnes, inspecionados por municípios e estados, possam ser comercializados em todo o país.
A meta é aumentar o número de registros de 1.550 para 3.000, o que pode fortalecer a competitividade e reduzir os custos no setor de proteína animal.
Fortalecimento dos estoques reguladores da Conab
O governo pretende fortalecer os estoques públicos de alimentos básicos para conter a alta de preços em períodos críticos, assegurando oferta e estabilidade no mercado.
Plano Safra com foco na cesta básica
Os financiamentos do Plano Safra serão direcionados prioritariamente à produção de itens da cesta básica, com incentivos adicionais para os produtores rurais que atendem o mercado interno.
Reuniões ao longo do dia
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, antecipou que o presidente Lula anunciaria medidas para conter a alta dos alimentos ainda nesta quinta (6). A preocupação com os preços tem impacto na percepção do governo e na popularidade do presidente. Pela manhã, Alckmin e ministros discutiram o tema, mas Fávaro não detalhou as propostas, classificando o encontro como uma preparação para os anúncios.