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Governo Trump sanciona esposa de Alexandre de Moraes com lei Magnitsky

Dispositivo foi criado para impor sanções econômicas a indivíduos acusados pela Casa Branca de violações graves contra os direitos humanos e é apelidado de 'pena de morte financeira'

Alexandre de Moraes e Viviane Barci de Moraes | Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O governo de Donald Trump, nos EUA, sancionou nesta segunda-feira (22) Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, com a lei Magnitsky, usada para punir estrangeiros. A decisão, publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro americano, bloqueia todos os bens de Viviane nos EUA e empresas ligadas a ela.

Nem o ministro nem a esposa podem realizar transações com cidadãos e empresas americanas, incluindo o uso de cartões de crédito de bandeira dos EUA.

RETALIAÇÃO DO GOVERNO TRUMP

A sanção de Viviane Barci de Moraes pela lei Magnitsky faz parte de uma retaliação do governo Trump contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por golpe de Estado em agosto.

Na época da sanção, o secretário do Tesouro americano Scott Bessent chamou Moraes de "violador de direitos humanos" e responsável por "campanha opressiva de censura", sem apresentar provas.

REVOGAÇÃO DE VISTOS

No último dia 18, o secretário de Estado dos EUA Marco Rubio anunciou a revogação de vistos americanos de ministros do STF e seus parentes, citando Alexandre de Moraes nominalmente. A medida foi justificada pelo processo no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022 para Lula (PT).

Em maio, durante audiência na Câmara dos EUA, Marco Rubio foi questionado sobre aplicar sanções a Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky. Funcionários do Itamaraty, sob anonimato, consideram a medida uma escalada da tensão entre os dois países e um recado de que o governo Trump busca impunidade total para Jair Bolsonaro.

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