O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) encerrou nesta quinta-feira (17/4) sua greve de fome após mais de uma semana de protesto no plenário da Câmara. O acordo foi intermediado pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), com a participação da esposa de Glauber, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), e do líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ).
Em comunicado, Motta afirmou:
Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso ao Plenário antes de 60 dias, para que ele possa exercer sua defesa. Após esse período, os deputados decidirão soberanamente.
Protesto contra cassação e apoio político
Glauber Braga iniciou a greve de fome após o Conselho de Ética aprovar a cassação de seu mandato. Durante o protesto, ele se alimentou apenas de água, soro e isotônicos, sob monitoramento médico diário.
O deputado recebeu o apoio de sete ministros do governo Lula, incluindo:
Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais)
Sônia Guajajara (Povos Originários)
Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário)
Macaé Evaristo (Direitos Humanos)
Aliados defendem manutenção do mandato
A líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ), destacou:
Que a solução preserve o princípio da proporcionalidade e garanta o óbvio: Glauber deve seguir representando quem o elegeu.
O caso agora segue para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) antes de possível votação no Plenário – que só ocorrerá após o prazo de 60 dias concedido por Motta.