O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que visa anular o recente aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) poderá ser pautado na próxima terça-feira, 10 de junho. A decisão depende do resultado da reunião marcada para este domingo entre o Ministério da Fazenda e os presidentes da Câmara e do Senado, na qual o governo apresentará medidas alternativas para equilibrar as contas públicas sem recorrer ao aumento do imposto.
Motta criticou a elevação do IOF, classificando-a como uma medida “infeliz” e injusta para a população, especialmente para os mais vulneráveis. Ele defendeu que o Estado precisa modernizar sua máquina pública e organizar melhor as contas, evitando sobrecarregar os contribuintes. Além disso, destacou a necessidade de discutir cortes em isenções fiscais que, segundo ele, não têm contrapartidas claras para a sociedade.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que as propostas alternativas ao aumento do IOF serão apresentadas formalmente, com dados e gráficos de impacto, para facilitar a compreensão dos líderes partidários. Ele evitou antecipar detalhes antes da reunião de domingo, respeitando o acordo estabelecido com os presidentes da Câmara e do Senado.
Durante viagem à França, o presidente Lula afirmou que “está tudo acertado” em relação às negociações com o Congresso sobre o IOF, indicando que o governo busca uma solução consensual para o impasse.
A possível votação do PDL na terça-feira representa um momento decisivo para a política fiscal do país, refletindo as tensões entre o Executivo e o Legislativo na busca por equilíbrio nas contas públicas sem sobrecarregar os contribuintes.