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Hugo Motta vê anistia ampla perder o fôlego na Câmara após condenação de Bolsonaro

Lula recebeu o deputado para um almoço no Palácio da Alvorada na segunda-feira, ocasião em que reforçou sua posição para que a Casa não vote o projeto

Hugo Motta vê anistia ampla perder o fôlego na Câmara após condenação de Bolsonaro | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
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Após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, aliados aumentaram a mobilização pela votação de uma anistia, mas há obstáculos políticos para um “perdão amplo”. Pessoas próximas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dizem que a proposta é impopular e mal vista pela sociedade. Uma alternativa mais branda, mantendo a inelegibilidade de Bolsonaro, teria mais chance de prosperar entre deputados e senadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu Motta no Palácio da Alvorada, reforçando a posição de que a Câmara não vote o projeto de anistia. Motta também busca evitar confronto com o STF, que vê o perdão total como inconstitucional.

DIMINUIÇÃO DA PENA

Na Casa ao lado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) debate um projeto que altera o Código Penal, diminuindo penas de envolvidos no 8/1 e na trama golpista, focando em tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito.

MAL-ESTAR INTERNO

Enquanto buscam contornar resistências em diferentes partidos, bolsonaristas enfrentam mal-estar interno desde sábado, quando o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, admitiu a tentativa de golpe, objeto de julgamento pelo STF. Diante da repercussão, o dirigente recuou e negou o próprio discurso.

SEM ANISTIA IRRESTRITA

Dirigentes do PL receberam sinalização de que Motta resiste a uma anistia ampla, repetindo que não há clima na Casa. Um interlocutor reforçou que a ideia é pacificar o país, mas sem anistia irrestrita. Parte dos líderes da Câmara defende que a anistia entre na pauta, e até entre governistas há quem queira votar com urgência para derrotar a proposta de vez.

O Datafolha aponta que mais da metade dos brasileiros é contra a aprovação de uma anistia que favoreça Bolsonaro: 54% rejeitam a ideia, enquanto 39% a defendem.

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