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Lula aprova reajuste de 8% do Judiciário, mas veta 2ª e 3ª parcelas; entenda a decisão

Texto enviado pelo STF e aprovado no Congresso previa aumento de 25,97%, dividido entre 2026, 2027 e 2028

Presidente Lula veta reajuste salarial para judiciário | Foto: Ricardo Stuckert / PR
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Nesta segunda-feira (22), o presidente Lula (PT) sancionou com vetos o reajuste de salários para servidores do Poder Judiciário. A decisão foi informada através do Diário Oficial da União (DOU). 

O documento aponta um aumento de 8% em vencimentos básicos a partir de 1º de julho de 2026 para os servidores. O presidente foi contra, no entanto, ao reajuste previsto para os anos de 2027 e 2028.

O Planalto argumenta, para justificar a decisão, que o reajuste aumentaria gastos e que iria contra o interesse público. 

“Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal”.

Entenda a recomposição salarial

  • O projeto foi enviado pelo Supremo Tribunal Federal e previa reajuste em três parcelas sucessivas e cumulativas de 8% nos próximos três anos.

  • Na justificativa, a Corte apontou a necessidade de recompor parcialmente as perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos anos.

  • No Congresso, a tramitação foi concluída no final de novembro. O relator da proposta no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), defendeu os aumentos, mesmo que a mudança “não represente a atualização integral das perdas remuneratórias ocorridas, conforme registram os índices oficiais de correção monetária”.

  • Nesta segunda, Lula manteve a recomposição para o ano de 2026, mas vetou os aumentos subsequentes.

O dispositivo foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aprovado pelo Congresso Nacional que estimava uma readequação de 25,97% dos salários. Esse valor seria dividido de forma cumulativa entre 2026 e os dois anos seguintes.Agora com o novo veto, o aumento ficou restrito ao exercício do ano que vem.

O QUE DIZ O SINDICATO?

Em nota, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindjus) informou que vai recorrer no Congresso a derrubada dos vetos para retomar o índice inicial.

“Vamos nos mobilizar e ir em peso ao Congresso Nacional para derrubar o veto e recuperar o reajuste total de 25,97% dividido em 3 parcelas anuais e cumulativas, conforme originalmente enviado pelo STF e aprovado pela Câmara e pelo Senado”, diz a entidade.

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