O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu posse nesta segunda-feira (10) a Gleisi Hoffmann (PT-PR) como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e a Alexandre Padilha (PT-SP) como novo titular do Ministério da Saúde. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença de autoridades como os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além dos governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e de Mato Grosso, Mauro Mendes (União).
As mudanças fazem parte da reforma ministerial em andamento, que Lula anunciou no fim de fevereiro. Gleisi assume o cargo antes oupado por Padilha, que retorna ao Ministério da Saúde, pasta que já comandou entre 2011 e 2014. A troca ocorre para atender a um desejo do presidente de ter uma atuação mais ágil e combativa na área da Saúde.
Saída de Nísia e desafios no Ministério da Saúde
Durante a cerimônia, Nísia Trindade fez um discurso de despedida e ressaltou as dificuldades que encontrou ao assumir a pasta, mencionando um "ministério desmontado e desacreditado". Ela destacou a retomada da cobertura vacinal e a recuperação do certificado de país livre do sarampo, perdido em 2019.
"O Brasil saiu da vergonhosa lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no mundo. Em 2021, ocupava o sétimo lugar." - afirmou Nísia.
Ela também citou avanços na reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltando a regularização de mais de 4,5 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) que estavam sem credenciamento há quatro anos.
A agora ex-ministra também frisou que sofreu campanha misógina e inaceitável enquanto esteve no cargo.
Com a posse de Padilha, a expectativa do governo é imprimir um ritmo mais acelerado na execução de políticas públicas na Saúde, enquanto Gleisi assume a missão de fortalecer a articulação política do Planalto no Congresso.