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Lula pede que Trump 'abra o coração para o Brasil' e dialogue sem preconceitos; veja o vídeo!

Após o encontro, Haddad classificou o diálogo como “positivo”, enquanto Alckmin destacou que as tratativas avançaram “para o ganha-ganha” e superaram as expectativas iniciais.

Conversa entre Lula e Trump teve “tom amistoso” e promessa de encontro presencial em breve. | Foto: Divulgação/Casa Branca/Ricardo Stuckert/PR/ND
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta terça-feira (7) que solicitou ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que oriente o novo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, a conduzir as negociações com o Brasil de forma “sem preconceito”. Rubio foi indicado pelo governo americano para liderar o diálogo com o país na tentativa de rever o tarifaço imposto a produtos brasileiros.

Segundo Lula, Rubio demonstrou “certo desconhecimento” sobre a realidade nacional. “Pedi a ele (Trump) para dizer ao Marco Rubio conversar com o Brasil sem preconceito, porque, pelas entrevistas que ele deu, há um certo desconhecimento da realidade do Brasil”, declarou o petista em entrevista à TV Mirante, do Maranhão.

NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS

O encontro virtual entre Lula e Trump, que durou cerca de meia hora, teve como principal pauta o pedido do governo brasileiro para retirar a sobretaxa de até 40% aplicada a produtos nacionais e suspender restrições impostas a autoridades brasileiras. O Planalto informou que o objetivo é restabelecer uma relação comercial equilibrada e de confiança entre os dois países.

Durante a ligação, Trump confirmou que Marco Rubio será o responsável por dar sequência às tratativas, em diálogo direto com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o chanceler Mauro Vieira. Todos participaram da videoconferência no Palácio da Alvorada.

Após o encontro, Haddad classificou o diálogo como “positivo”, enquanto Alckmin destacou que as tratativas avançaram “para o ganha-ganha” e superaram as expectativas iniciais.

RELACIONAMENTO DIPLOMÁTICO

Lula afirmou que a conversa com o ex-presidente norte-americano foi marcada por cordialidade e pragmatismo. “Foi uma conversa extraordinariamente boa. A conversa com o Trump foi muito amigável, uma conversa de dois presidentes, de dois países importantes e das duas maiores democracias do Ocidente. Trump tem consciência disso e eu tenho consciência disso”, disse o chefe do Executivo.

Nas redes sociais, Trump também elogiou o diálogo, afirmando que “gostou da conversa” e que “os EUA e o Brasil vão se dar muito bem juntos”.

ASSUNTOS GLOBAIS NA PAUTA

Durante a ligação, Lula se mostrou disposto a ampliar o diálogo com Washington e discutir temas globais sensíveis. “Não tem assunto proibido entre dois chefes de Estado”, declarou, citando a guerra da Ucrânia, o conflito entre Israel e Gaza e o comércio de minerais raros entre os pontos que o Brasil está aberto a debater.

O presidente brasileiro destacou a importância de colocar “os problemas em torno de uma mesa” e reforçou que a disposição para o diálogo é essencial para o entendimento mútuo. “Nós, depois da nossa conversa, em que as coisas ficaram mais claras, ficamos de marcar uma conversa e se encontrar em torno de uma mesa”, completou.

TARIFAÇO EM ANÁLISE

As tarifas impostas pelos Estados Unidos — que chegam a 50% sobre produtos como café, carne e frutas brasileiras — têm gerado forte impacto nas exportações nacionais. O governo federal tenta, agora, reverter as medidas e restabelecer a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

Lula encerrou a entrevista dizendo estar “feliz com o resultado” do diálogo e confiante na retomada de uma relação construtiva entre Brasília e Washington. 

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