Maranhão: “terra das oportunidades perdidas”

Ela citou três grandes projetos que chegaram a ser negociados com as autoridades maranhenses

Ela citou três grandes projetos que chegaram a ser negociados com as autoridades maranhenses | Agência Senado
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O Maranhão tem se transformado, nos últimos anos, na "terra das oportunidades perdidas", apesar dos altos investimentos feitos nas últimas décadas para melhorar a infra-estrutura do estado, especialmente em portos, rodovias e ferrovias, conforme afirmou a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), em discurso nesta segunda-feira (17).

Ela citou três grandes projetos que chegaram a ser negociados com as autoridades maranhenses mas, por indefinição e descaso, acabaram sendo levados para outros estados. O primeiro foi a nova refinaria da Petrobras, que acabou sendo direcionada para Pernambuco. Depois, a chinesa Boasteel negociou uma siderúrgica no Maranhão, que iria gerar 10 mil empregos na fase de implantação e três mil quando entrasse em funcionamento.

Houve longas negociações e, conforme a senadora, no final, os chineses foram construir a siderúrgica em Vitória (ES), "cansados das indefinições e descompassos das autoridades maranhenses". Por último, já no atual governo, o grupo Gerdau deixou o Maranhão, depois de ter comprado o projeto da Margusa, no município de Bacabeira, que produz ferro gusa.

O grupo Gerdau pretendia plantar eucalipto no Baixo Parnaíba e, futuramente, construir uma aciaria. Entretanto, "submetidos a exigências absurdas, cancelamentos sucessivos de audiências públicas, atrasos e descaso das autoridades estaduais", os empresários se cansaram "e foram procurar outra freguesia", afirmou a senadora maranhense.

Inconformada com a situação, Roseana Sarney manifestou-se disposta a quebrar essa "seqüência angustiante de oportunidades perdidas" e informou ter tratado do assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse ainda ter mantido contato com a Vale e que, "com a graça de Deus,o Maranhão haverá de conseguir um investimento de porte". Ela conclamou por uma união de forças políticas - de empresários a trabalhadores - para que o estado consiga obter investimentos que o tirem das atuais dificuldades.

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