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Margarete Coelho comenta exclusão do Progressistas da base governista

Ex-vice-governadora afirmou que PT “expulsou” o partido e defende novo modelo político no Piauí

Margarete Coelho em entrevista ao Agora, Jogo do Poder | Foto: Reprodução/Rede Meio
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A ex-vice-governadora Margarete Coelho falou abertamente sobre o rompimento do Progressistas com a base do governo estadual, durante entrevista ao programa Agora, o jogo do poder, da Rede Meio. Filiada ao partido que já compôs chapa com o PT em eleições anteriores, ela lembrou que o afastamento começou ainda no segundo mandato de Wellington Dias.

“Nós não concordamos desde a última eleição do Wellington Dias, tanto é que saímos da base do governo. Enquanto eu fui vice-governadora, e eu fui uma vice-governadora, vocês são testemunhas, o povo do Piauí é testemunha, fui leal, fui participativa, fui fiel até o último instante, até quando o PT disse que nós não servíamos mais para estar na base. Então o PT praticamente nos expulsou da base (...)”

Margarete também criticou a postura do Partido dos Trabalhadores em relação à composição política, destacando que a escolha de afastar o Progressistas foi uma decisão partidária do PT.

“Porque queria fazer a sucessão dentro do próprio PT para permanecer no poder como ele fez até agora. Então acho que está na hora. Do povo do Piauí conhecer outro modelo de governança, de governabilidade e uma outra forma de fazer política, olhando no olho do povo sem ser por intermédio da internet.”

Insatisfação cresce nos bastidores

A ex-vice-governadora também avaliou o atual cenário político e descartou, por enquanto, um racha explícito dentro da base do governo Rafael Fonteles. Segundo ela, o sentimento dominante entre os aliados é de insatisfação, principalmente por conta do distanciamento da gestão com suas lideranças.

“Eu não vejo um racha nos grupos políticos, não vejo ainda, eu vejo muita insatisfação e a história quando ela se repete, ela se repete inclusive nos seus resultados, nós já vimos governos assim que se afastaram do povo, que se afastaram da liderança, que se cercaram por um grupinho que determina, que faz, que manda, que afasta e que principalmente blinda o líder.”

Ela relembrou ainda momentos de eleições passadas, como a campanha contra Zé Filho, para ilustrar o desgaste provocado por esse tipo de postura política.

“Na eleição também do Zé Filho contra mim e Wellington, em que no começo da campanha nós íamos para o mercado, para a igreja, para a praça, porque nenhum prefeito podia nos receber com medo de retaliação, e chegamos ao mês de outubro, ganhamos a eleição com uma das maiores maioria que o Piauí já viu no primeiro turno.”

Modelo político em xeque

Para Margarete, a continuidade de um mesmo grupo no poder por mais de duas décadas limita a democracia e prejudica o Estado.

“O poder também é importante. Importante que seja, não é bom para uma sociedade, não é bom para um Estado, a repetição do poder.”

Com um discurso de ruptura e renovação, a ex-vice-governadora reforça o desejo do Progressistas de apresentar uma alternativa à atual hegemonia petista no Piauí, defendendo uma nova forma de fazer política, com diálogo direto com a população.

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